Na quarta-feira de madrugada, estava saindo do banho depois de um dia estressante no trabalho, quando meu celular começou a tocar. Atendi, abrindo a porta do quarto.
- Alô.
- Que horas você vem? - Pergunta Agatha.
Droga! Havia me esquecido disso.
- Passei em casa para tomar banho. Já vou está ai, só vou me vestir.
- Ta bom. - Desligamos.
(...)
Agatha me encontrou na porta da sua casa, com uma garrafa de cerveja na mão e um pano de prato pendurado no braço.
- Entréz, mi amour - gesticulou para dentro. Na sala, ela havia empurrado o sofá e colocado o colchão inflável no chão com outros lençóis. A mesinha de café tinha dois descansos de prato, com os talheres e os guardanapos.
- Uau - foi tudo que eu disse. Agatha era do tipo que exigia romance e não que fazia. - Isso é para mim?
- Não, é para a o Hyeon. Ele vem mais tarde.
Dei um soquinho no braço dela de brincadeira.
- Quer me dar suas coisas, mi amour? - Ela estendeu o braço.
Entreguei o casaco para ela.
- O jantar ainda está no fogo - informou, me entregando a garrafa de cerveja e correndo até a cozinha.
Dei a volta na sala tirando a tampa da garrafa. Os pais da Agatha tinham um bom gosto para decoração. Dei um gole na cerveja enquanto tocava as cortinas grossas da sala. Vou me sentar colchão e começo a ver minhas mensagens. Ignorei todas, sem saco para responder, menos a dela.
Jiminie, estou trabalhando no turno da noite no cinema essa semana, vou ficar até às três da manhã. Se quiser aparecer aqui. Se ninguém vir podemos comer a pipoca de graça e assistir um filme.
Agora bebi com vontade a cerveja, tentando controlar os meus hormônios. Não a respondi, bloqueio o celular e tento focar em Agatha e nos seus esforços daquela noite. Apesar da minha vontade ser jogar tudo para o alto e correr até Yoonji, como um cachorrinho.
Agatha voltou com dois pratos de comida chinesa. Ela estava aprendendo a fazer outras comidas ultimamente. Essa semana ela chegou com uma comida mexicana apimentada o suficiente para me fazer ter problemas de saúde. Mas naquela noite, o cheiro da comida chinesa estava bom. Estava com tanta fome. Ela tirou duas taças de champanhe do bolso e se ajoelhou diante da mesinha. Ops, acho que ela tinha ideias melhores para a cerveja.
Dividimos o macarrão com uma carne meio agridoce, mais um travessa de bolinhos de arroz e limpamos nossos dedos engordurados no guardanapo, pergunto:
- Qual a ocasião?
- Nenhuma - Agatha levanta a taça. - Só o meu amor por você.
Fizemos tim-tim. Enquanto bebiamos estudei o rosto perfeito da minha namorada. Ela era tão familiar para mim, cada linha. Meu celular apitou e ascendeu sobre o colchão. Seria ela?
Suspiro. O que eu estou fazendo? Eu gosto da Yoonji e não de Agatha, só estava com ela porque era isso que esperavam da nossa linda amizade. Expectativas. Elas mandavam em mim. Um cara conhece uma garota, eles transam e se casam. Não necessariamente nessa ordem.
Corte o final, revise o roteiro. A garota dos meus sonhos é um cara.
O que eu poderia dizer a Agatha? Contar a verdade, claro. Seria traição permitir que nosso relacionamento continuasse assim. O melhor que eu poderia fazer naquele exato momento, era não dormir com ela.
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A vida cor de menta {🌈} - (myg+pjm)
Romance[Concluída] Para muitos, Park Jimin tinha a vida dos sonhos; tinha um namoro de mais de dois anos, fazia parte de uma ótima família, estudava na faculdade mais renomeada de Busan e morava em um bairro nobre. Realmente, a vida dos sonhos. Mas isso er...