Capítulo 2 - Mudança

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Estava correndo, estava chovendo muito e a rua completamente deserta, a única coisa que eu podia ouvir, eram os passos dos três aliens que me perseguiam achando que eu tinha roubado um chifre cósmico do embaixador deles, era tarde demais, eu já estava cercado por aqueles seres verdes de três olhos, suas bocas pareciam ter vários dentes pontudos e eles fediam tanto que qualquer pessoa longe podia sentir o cheiro.

– Me deixem em paz, eu já disse que não tinha roubado nada, bando de seres idiotas. – gritei completamente ao entrar num beco que pro meu azar, estava sem saída.

– SRASRASRASRASRASIR? – as formas de vida conversavam entre si, eles pareciam ter concordado em fazer algo, me matar!

Os três seres ali apontaram suas armas intergalácticas e quando eles se preparavam para atirar, eu escuto uma voz bastante familiar.

– Tony, acorda!! Anthony, rápido, a aula já vai começar – Thomas gritava na tentativa de me acordar.

Após receber um tapa de leve do garoto, eu logo acordava, e com uma cara de paisagem, observava a sala de aula ali, bom... de volta a vida real.

– Agora é aula de que? – no mesmo tempo que perguntei, pude ver a professora de biologia entrar, tudo que eu queria naquele momento era voltar a dormir.

Se passou um tempinho e a aula se encerrou, fui para o pátio da escola junto com Thomas, estava um tédio, a escola em si não me proporcionava muita diversão, que se foda, tendo meu melhor amigo comigo, eu tava cagando pra isso.

– Estamos em maio, tem algum lançamento esse mês? queria ver um cineminha. – ditei enquanto observava a prótese de Thomas, o pesadelo que tivemos a seis anos atrás, ainda me assombrava um pouco.

– Tem ataque dos robôs, aquele que você disse que se interessou só por ter robôs gigantes que assombram a humanidade e bla bla bla. – respondeu Thomas – Você anda meio pra baixo esses dias, tá tudo bem? – acrescentou.

– Tá sim, é que o ensino médio esse ano tá um pouco difícil pra mim, esses trabalhos me matam de cansaço. – respondi enquanto ajeitava meu tênis.

No momento em que baixei a guarda, pude sentir uma pressão bem grande nas minhas costas, era a Laura, uma amiga que fiz seis anos atrás, quando Thomas estava hospitalizado.

– Que susto caralho, não faz isso de novo. – em um suspiro, observei a garota que ria da minha cara.

– Ah qual é, no fundo eu sei que você gosta. – ditou a garota, que logo ia cumprimentar Thomas.

 Laura era uma pessoa que não gostava de chamar muita atenção, a menos, que estivesse com os amigos, quando ela me conheceu, tinha dez anos e naquela época, eu estava sozinho, sem o Thomas ao meu lado, hoje todos nós temos dezesseis anos e somos uma trindade muito legal.

Quando as Estrelas MorremOnde histórias criam vida. Descubra agora