Quando as Estrelas Morrem

2.4

A longa noite enfim passou, eu fiquei acordado até quatro da manhã pensando, cheguei a conclusão de que não iria a escola do dia de hoje, era sexta e eu só queria dormir o dia todo. A minha mãe não quis me interromper, ela sabia que eu não estava bem, e que tudo aquilo podia piorar caso eu fosse a escola.

– É mesmo, amanhã é a festa do William, será que o Thomas... esquece.

Me levantei da cama após horas dormindo, eram treze e meia, a minha mãe já foi trabalhar e eu após completar minhas higienes diárias e almoçar, fui ficar com um meu pai, trocar os remédios dele e por fim, assistir com o mesmo.

Eu estava tentando ao máximo não pensar na noite passada, até que Thomas me manda uma mensagem no celular, ele me disse que sente muito por ontem, ele ficou nervoso e não sabia o que fazer em seguida, ele saiu num impulso e também me perguntou, se a festa ainda estava de pé, eu disse que sim, enquanto um enorme sorriso no rosto surgia.

A Laura estava preocupada comigo, perguntou sobre a minha falta na escola hoje, eu tranquilizei ela e em seguida pedi os assuntos do dia, e depois de um belo papo, eu guardei o celular, voltando assim, a dar atenção a meu pai.

Horas se passaram e a minha chega do trabalho, ela parecia furiosa, será que foi por causa da escola?

– Tony!! a escola simplesmente não fez nada com os meninos, a diretora disse que por ter se tratado de uma briga fora da escola, não era problema deles, o sistema desse país, é nojento. – ofegante, Marta desabafava tudo e se sentava no sofá da sala.

Eu apenas sai do quarto em que meu pai estava e peguei um corpo d' água para a mais velha, ela estava precisando.

– Mãe, tá tudo bem, esquece isso... eu vou ficar bem. – com um sorriso, eu ditava aquelas palavras enquanto me sentava ao seu lado.

Por fim, eu falei a ela sobre a festa do William e por ela já conhecer o garoto, permitiu que eu fosse e só mandou eu tomar cuidado, como sempre.

Passei a noite inteira no meu quarto, decidindo com que roupa ia, escolhi um visual pouco chamativo e aguardei o dia seguinte deitadinho na cama.

Eu tive um sonho estranho, eu era uma chama azul e estava com duas chamas vermelhas bem maiores que eu, estávamos num local muito frio e do nada, uma das chamas vermelhas se apagou. Acordei com uma lágrima caindo do meu olho esquerdo, rapidamente a enxuguei e me levantei com toda alegria do mundo, hoje tinha uma festa e eu estava doidinho pra ver o Thomas.

– Vamos lá Anthony, você precisa se arrumar.

Eram exatas dez horas e cinquenta minutos, hoje eu prometi a minha mãe que antes de ir a festa, eu ia ficar com o pai o dia inteirinho e foi exatamente isso que fiz. Após almoçar, eu fiz o que prometi, passei horas ao lado do velho, assistindo desenhos e filmes da época dele.

Horas se passaram, o meu dia não foi muito diferente de ontem, tirando o fato de que hoje eu teria uma festa pra aproveitar.