Love Beyond Life

Recomeço

NOTAS

Olá amores, só para esclarecer umas coisas antes da história.

1- não existe Bella aqui nessa história.
2- HP e Crepúsculo vão se passar no mesmo universo.

Recomeço

Perder o Cedrico no torneio tribruxo foi algo que mudou completamente a minha vida, eu não estava preparada para isso, tinha planos, nós dois tínhamos planos e apesar de ele ser o tipo de todas as garotas de Hogwarts, ainda assim ele era meu amor. 
Aquela situação me tirou de mim por um bom tempo, tudo que eu mais quis naquele momento era estar ao seu lado, morta. Os gritos dos alunos e tudo que aconteceu em seguida me anestesiaram para um sentimento que eu tentei sufocar a sete chaves. Pelo menos até aquele dia, quando em um ato de desespero eu tentei me juntar a ele. 
Talvez existisse um deus, por que ele teve pena de mim naquele dia, a poção deu errado, Hermione me xingaria por isso eu tenho certeza. 
Com seu efeito trocado,a opção que deveria me matar, me fez parar de envelhecer. Tenho certeza que se Voldemort estivesse vivo, estaria me aplaudindo de pé pela minha burrice. 
Me formei sem complicações, o ministério escondeu o caso e deu fim a todas as minhas anotações, fiquei sob supervisão por um tempo, até que as pessoas à minha volta começaram a reparar que eu não envelhecia. 
Tecnicamente eu deveria ter trinta anos, mas o rosto de dezessete continuava ali, anunciando meu desespero e minha fraqueza. 
No mundo mágico seria fácil dizer a verdade, mas minha mãe é  trouxa, isso me torna uma mestiça. Sendo assim as pessoas que estão sempre à volta dela acabaram percebendo minha condição. 
Decidimos nos mudar depois que ela morreu, de preferência para o lugar mais longe possível de Londres. O que nos leva a o exato momento em que desembarcamos em Forks, uma cidadezinha coberta por nuvens no estado de Washington. 
Meu pai tinha alguns conhecidos por ali, seria mais fácil mentir a minha idade e recomeçar. 
Recomeçar… uma palavra muito bonita e encorajadora, não fosse o fato dela ser uma completa estupidez. 
A casa era bonita, meu quarto também não deixava a desejar e meu pai estava tentando com todas as forças me animar. Estávamos em março, o semestre já havia começado e ele conseguiu me matricular na escola. 
— Não tem necessidade! — Ralhei enquanto tirava as malas do carro alugado. 
— Claro que tem Louis, aqui você só tem 17 anos, filha, quer que o ministro venha nos repreender? 
Sua voz era carregada de preocupação, talvez pelo fato do ministro nos fazer prometer ficar linda de confusão,  ou nós marcar com a história da poção. 
Até hoje ninguém sabe se ela me tornou imortal, ou se meu interior envelhece normalmente dentro dessa casca que eu me tornei. 
…
O despertador me fez apenas levantar o corpo da cama, a anos eu não me sentia com sono para dormir uma noite inteira. Vesti o moletom verde, me lembrando das inúmeras vezes que vesti o manto da Sonserina. 
Um dos inúmeros motivos de eu ter me apaixonado foi que ele não viu em mim a minha casa, ele viu em mim o meu interior. 
Calcei os tênis e desci as escadas. Quando viemos para cá, meu pai já tinha um emprego em vista no hospital, o chefe dele parecia ser um homem legal. 
— Bom dia! Animada para o seu primeiro dia no ensino médio? — revirei os olhos só de imaginar que estava voltando para a escola. 
Meu pai riu com a minha ação e me ofereceu uma torrada.  
— Eu vou te deixar na escola hoje, mais tarde eu te pego  e vamos ver um carro para você — Disse deixando a xícara na pia. 
Eu apenas concordei, uma das coisas que vou sentir falta de Londres é com toda certeza o metrô. 
Tomei o resto do meu café em silêncio, meu pai olhava o celular respondendo algumas mensagens e assim que eu acabei, fomos direto para o meu destino. 
Era completamente diferente de Hogwarts e isso era inegável. Os adolescentes estavam espalhados pelo local, escorados em seus carros e conversando com alguns amigos. Sorri ao sair do carro, ação que chamou a atenção de alguns deles, para mim. 
— Eu te pego no final da aula docinho. 
Meu pai gritou fazendo meu rosto queimar de vergonha e saiu com o carro dele. 
Respirei fundo, eu estava pronta, não seria minha primeira vez aprendendo coisas que os trouxas aprendiam, então não estaria tão perdida como imaginei. 
A primeira aula do dia foi educação física. Na secretaria quando cheguei, me deram meus horários e o uniforme para fazer a aula. 
Algumas meninas jogavam vôlei enquanto eu apenas observava. Não estava afim de participar, mas enquanto o treinador olhava eu apenas me misturava na multidão. 
Isso até, uma bola acerte em cheio minha cabeça. A garota que veio correndo me lembrou muito de algumas meninas da Sonserina. 
— Oi, me desculpe, não sabia que poderia jogar uma bola com tanta força — Ela pediu sorrindo e eu sorri de volta. 
— Tudo bem. 
— A propósito, meu nome é Jessica. 
— Louis Tanaka. 
Estendi a mão para ela que sorriu, parecia ser uma garota normal com seus dezessete anos. 
Ela me arrastou até a mesa dela na hora do almoço, lá me apresentou a amiga dela, Ângela. 
— De onde você é? — Jess, como ela me disse para chamá-la me perguntou. 
— Londres. — Disse simplista. 
— De qual escola você veio? — Ângela perguntou e eu sorri ao me lembrar de Hogwarts. 
— Uma escola particular, nada demais. 
Foi aí que eu os vi, um grupo de alunos que chegou mais tarde, entrava pela porta do refeitório naquele momento. 
— Quem são aqueles? — curiosa eu quis saber. 
— Aqueles são os Cullen! — Ângela me respondeu. 
— São filhos adotivos do doutor e da senhora Cullen… Aqueles são Rosalie e Emet… Eles estão juntos. O loiro com cara de dor é o Jasper e a baixinha é Alice. 
Olhei para eles, algo não parecia comum naquelas pessoas. Então o último Cullen entrou, não vi seu rosto a princípio, 
— E aquele? 
— Aquele é Edward Cullen, todas as garotas da escola gostam dele, mas parece que seu coração está inacessível. 
Olhei atentamente e senti meu chão sumir, agradecendo mentalmente por estar sentada. 
— Cedrico? 
Quando ele me olhou,  eu revivi todos os momentos que passei com ele, os pequenos beijos roubados e carícias, tudo até o dia de sua morte. Minha cabeça e eu ouvi quando chamaram meu nome e olhei para Jessica. 
— Tem alguma coisa errada? — Ela me perguntou, seu rosto transparecia preocupação. 
— Não, nada. É apenas… 
Não sabia o que dizer, o que sentir, era como se fosse outra vida, onde ele estava. 
— Louis, você está bem? Perdeu a cor de repente — Ângela me olhou, também parecia preocupada. 
Sorri como se nada tivesse acontecido, olhei novamente na direção dele e percebi ele que ainda estava com o olhar fixo na minha mesa. 
— É só que, se parece com alguém que eu conheço… — Olhei novamente e seus olhos não se desviaram de mim — Conheci…