zahrater
Algo dentro de mim me entope. Talvez seja essa ansiedade esfomeada. A vontade tão intrínseca de viver, que me entorpece de morte; o medo tão mortal de me atrasar para esse compromisso nenhum; ou essa dolorosa lágrima que me entope os olhos de pessimismo.
Para um artista, essa angustia não passa de uma maldição. Uma maldição que me impede desoprimir o âmago, uma maldição de de pior gosto, afinal, o que deixa-nos mais impotentes do que ter a consciência de um poder que não consegue usar?
Mesmo cingida pela lamúria e o martírio, mesmo apodrecendo como um fruto fétido, torturarei meus dígitos, e espero que sua paciência me mantenha viva.