Aquiles estava morto. Perdido entre as próprias trevas que se mesclavam com a do Mundo dos Mortos, que retirava do seu ser toda e qualquer vontade de persistir na luz. Pátroclo estava morto. Cansado das batalhas perdidas em nome de sua memória e sua tão sonhada travessia para o descanso eterno, mas talvez aquele fosse a sua punição afinal. A morte de ambos não era o fim, apenas mais uma separação. Afinal, uma canção ainda precisava ser encontrada e entoada e um juramento mantido - em qualquer tempo, em qualquer espaço e vida. Afinal, uma última canção ainda precisava ser cantada e um juramento a se manter e cabe apenas ao resquício do Príncipe de Fítia e do Filho Pródigo de Menécio o fazerem.

Kieran teve uma longa vida de sucesso em sua carreira de ladrão e conseguiu as maiores alcunhas diante dos mais absurdos feitos. "O Manto dos Sídhe", "O Mago da Noite", não havia lugar nos quatro cantos do mundo em que aqueles nomes não fossem conhecidos e cantados pelos bardos para exaltar glória. Mas chega um ponto da vida de um ladrão em que ele precisa de um encerramento, e um encerramento deve ser digno. É por isso que, em seu plano de aposentadoria, Kieran decide se colocar à mercê do temível regente de Arcallis, conhecido como "Anjo da Morte", e roubar a peça mais valiosa de seu castelo bem debaixo dos olhos do rei. Logo ele descobriria que a coisa mais valiosa no castelo não era nenhum dos grandes tesouros daquela terra estrangeira, mas uma joia dourada escondida sob um título injusto, que atendia pelo nome de Avestan.