Em Verena todos estão ansiosos para o baile de apresentação do herdeiro ou pelo menos, quase todos. Isla Nicolina Ophelia Grant, a jovem prometida desde a infância para o príncipe do país, está aborrecida com a própria vida, com as pessoas e com todo o sistema do reino. Amarrada pela sua existência melodramática, apática e por uma memória esburacada, ela decide procurar uma maneira de reverter a situação e fugir de um casamento arranjado, ao mesmo tempo que tenta descobrir os segredos escondidos a sete chaves pela madrasta. Só que o universo parece dar um nó em seus planos quando um garoto estranho de temperamento frívolo e escorregadio, desponta como névoa e embaça o seu caminho. Era outra vez, um reino que conhecia The Beatles, Van Gogh e jujuba de limão...

Penso logo existo. Há quem diga que Fiorella pensa demais. Ela analisa a órbita do planeta e rasteja pelo anseio de acompanhar o curso natural do existir, numa batalha mental que tende a jogá-la milênios para frente ou décadas para trás. Nunca presente. Nunca no agora. Atrelada a sua infinidade de pensamentos inconclusivos, barulhentos e esmagadores, que servem como uma gaiola estreita para si mesma, após saber sobre o noivado do seu pai ela sente um solavanco tirar tudo do lugar. E, como se não bastasse, o problemático, bizarro e irremediável, Lionel Wyatt, o irmão da sua melhor amiga, parece não querer facilitar o seu próximo semestre no colégio. Uma história sobre refúgios para os imperfeitos de corações irremediáveis.