Luke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu trabalho. Porém, sorrateiramente, me surgiu a urgência de tentar arrancar alguma reação dele. Algo que despertasse aqueles químicos vermelhos em seu sistema. O problema de tudo era que eu estava no inferno. E o diabo era mesmo um anjo.

Era para ser apenas um encontro entre sua irmã e o namorado dela, mas Hope acabou esbarrando com o bartender. . . . (Atenção: linguagem explícita e violência).

Todos naquela cidade sabiam quem era William Pomeroy e do que ele era capaz. Os moradores de todo o município tremiam as pernas e trancavam as janelas apenas com a pronúncia do nome do rapaz; e as crianças dali cresciam ouvindo histórias sobre o cruel homicídio dos pais de William, mortos pelas mãos do próprio filho. Eu, principalmente, tinha a obrigação de saber que precisava barrar qualquer contato com o maior assassino já conhecido naquele pequeno pedaço de fim de mundo. Sendo a filha do delegado - o homem mais respeitado de LittleKoch -, eu deveria ficar afastada, evitar aproximações e de maneira alguma sair por aí esbarrando com ele. Mas de repente, fui arrastada para sua vida e me vi completamente envolvida com o pecado sobre pernas. E pior, acreditava nele.

"Eu amava profundamente uma garota. Nós estávamos de casamento marcado. Em poucos dias ela me diria sim e seria minha por toda uma vida. Faz dois anos agora. Faz dois anos que a perdi. Faz dois anos que morro lenta e dolorosamente de saudades da Beatriz. Eu acreditava fielmente que nunca mais me interessaria por outra mulher. Mas, então, aquela garota de programa atravessou a rua na frente do meu carro. Eu ainda não sabia, mas da daquele momento em diante, não iriam me faltar motivos para pedir perdão a minha noiva..."