As vezes a vida encontra uma forma engraçada de fazer a gente encontrar a pessoa certa. Um desvio no caminho de casa, um atraso por culpa do despertador, uma ligação errada. No meu caso foi um desafio, minha irmã disse que eu não sabia viver, só me restava provar que ela estava errada. Não era nada assim tão difícil, eu só precisava encontrar alguém disposto a isso. E eu encontrei. Era para ser apenas uma noite, sem palavras, apenas eu e um estranho, em um festival de música, mas no momento em que ele me beijou eu soube que era um daqueles lances do destino. Eu me apaixonei por Nuno no instante em que suas mãos tocaram minha pele, agora preciso descobrir uma forma de me afastar dele, somos de mundos diferentes, e não estou disposta a perder tudo o que conquistei por causa de um garoto. Mesmo que ele seja o responsável pela noite mais incrível da minha vida.

Cabelos perfeitos, roupas de grife, festas, música, dinheiro, poder... É fácil esconder quem você é de verdade, basta colocar um sorriso no rosto e fingir que está tudo bem, ninguém quer saber o que existe atrás de um belo sorriso, ao menos não a maioria. Mas existe um garoto que insiste em descobrir os segredos da garota mais ousada da cidade. Aquele que não acredita em sorrisos falsos e alegrias exageradas. Que me conhece o suficiente para saber que estou jogando. Um jogo perigo, que pode não terminar bem. O problema é que ele é o único que não pode sabera verdade. Ivan sempre esteve ao meu lado, passamos de crianças a adolescentes, de amigos para amantes até que tudo começou. Tinhamos um acordo, durante o dia éramos apenas amigos, mas a noite, quando estávamos sós, nos divertiamos com muito sexo sem compromisso, era uma forma de mascarar nossos traumas. Foi legal por um tempo, mas agora mal conseguimos nos cumprimentar sem começar a brigar. Estamos magoados, e esse é o problema desse tipo de acordo ele nunca dá certo, alguém sempre sai machucado. Ou como no nosso caso, os dois.

*** ATENÇÃO! POSTAGENS INICIADAS NO DIA 21/09/20 *** SINOPSE: As vezes, quando o caos ameaça me enlouquecer, quando minhas pernas ardem pelo esforço exigido por mim, quando a dor já não é mais capaz de silenciar o ódio que pulsa em minhas veias eu vou até ela. Não preciso dizer nada, apenas pulo sua janela, me aninho em sua cama, fecho meus olhos e a ouço... sua voz. A minha coisa favorita no mundo, a brisa nos dias quentes da minha alma perturbada. Desde sempre ela foi o antídoto para o mal que me rodeia, para a sujeira que parece impregnar tudo em mim, para a fúria em minha mente. Porém, ela tem se tornado mais do que isso, ela vem sendo a calmaria para meu coração agitado, a promessa de um futuro, um que eu nem sei se existirá um dia. Estou assustado, na verdade, cada dia que passa eu me sinto mais apavorado, sei que em breve não poderei mais suportar e então vou explodir, como uma bomba, destruindo tudo a minha volta. Sei que ela sabe, mesmo que eu nunca tenha dito nada, ela apenas sabe, como se sentisse a minha dor e compreendesse meus medos. Nesses dias ela segura minha mão e lê para mim, e como num conto de fadas, eu me deixo acreditar que tudo vai ficar bem. Mesmo que no fundo eu saiba, que são apenas promessas vazias.

Continuação de Todos os beijos que roubei.