ebrodevotion
- Reads 9,080
- Votes 734
- Parts 38
- Você implorou para que eu a encontrasse, que a procurasse no Inferno. Foi exatamente onde achei você. E, por mim, pode ficar para sempre onde está.
- Do que você está falando?
- Nada. Para mim chega, professora Bishop.
- Por que escreveu aquele bilhete ridículo?
- Que bilhete?
- Você sabe muito bem que bilhete! O que você deixou na geladeira. Isto é um jogo para você?
- Claro que não! Me solte.
- Por que assinou o bilhete daquela forma?
- Que importância tem isso?
Maya ouviu o elevador se aproximar e soube que tinha poucos segundos para obter as respostas de que precisava.
Fechou os olhos, as palavras. retumbando em seus ouvidos. Ela a procurou no Inferno. Ela havia implorado para que o anjo de olhos castanhos tentasse encontrá-la. Mas é claro que isso não tinha acontecido.
Alucinações não atendem a súplicas. Mas e se Beatriz não fosse uma alucinação? E se... Ela sentiu algo parecido com medo percorrer sua pele. Mais uma vez, o impossível flutuou diante dos seus olhos.
- Beatriz? - sussurrou ela.
- Sim - disse Carina, movendo-se para manter contato visual com ela até o último segundo possível. - Eu sou sua, Beatriz. Você me deu meu primeiro beijo. Eu adormeci em seus braços no pomar. - Maya saltou para a frente tentando impedir que a porta do elevador se fechasse.
- Beatriz! Espere! - Era tarde demais. A porta se fechou ao som daquele nome. Ela apertou o botão furiosamente, na esperança de que ela voltasse a se abrir.
- Não sou mais sua Beatriz.