Lullyflowers07
Luzes vermelhas piscam como estridentes sirenes dentro de um pequeno compartimento de sua mente - a clássica sensação produzida por um déjà vu. Embora, juntamente com esses avisos da consciência equipada para a auto preservação, o vento gelado também fustigue o rosto já entorpecido de Luiza, neste momento ela sequer pisca.
Os olhos fixos na corda sugestiva e providencialmente presa em um galho alto e resistente da árvore antiga e coberta de musgo poucos metros a frente enxergam muito além do que um observador displicente que a visse poderia supor. A verdade é que não havia um ser vivo sequer que compartilhasse dos pesadelos vividos dia e noite naquela mente juvenil. Portanto, apenas Luiza sabia o que ela, nestes instantes, ela de fato enxerga.
Uma movimentação ruidosa a arranca, contrariada deste mundo a parte. Luiza é engolfada pela realidade gelada do primeiro outono gelado desta história.