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Louis Tomlinson costumava ser um homem de ferro. Nos ringues, não havia quem o derrubasse. Fora deles, ninguém conseguia se aproximar. Até que um golpe mal calculado - um estalo na coluna, um segundo de descuido - o tirou do que restava de dignidade. Aos trinta e dois anos, ele vivia entre analgésicos e silêncios, preso num apartamento que cheirava a poeira, dor e arrependimento. O dinheiro acabou, os amigos sumiram, e o espelho só devolvia um estranho cansado, com raiva demais para pedir ajuda.
Harry Styles tinha vinte anos e o coração aberto demais para o próprio bem. Filho de uma família bilionária, cercado de privilégios que nunca lhe preencheram o peito, ele tentava encontrar sentido nas pequenas coisas - um disco antigo, uma conversa gentil, o um sorriso. Estudava na Columbia, era curioso, doce e meio perdido. E, no fundo, se sentia menor que o mundo à sua volta. Nunca tinha sido tocado de verdade. Nunca tinha sido olhado com fome. E, numa festa qualquer, decidiu que já era hora de mudar isso.
Foi ali que o caminho dos dois se cruzou. A mesma música, o mesmo copo na mão, o mesmo instante suspenso entre a pressa e o desastre. Louis não era o tipo que alguém escolhe; era o tipo que engole você inteiro. E Harry, por mais jovem e inocente que fosse, tinha essa mania de correr em direção ao fogo. De insistir. De acreditar que até os homens quebrados merecem ternura.
O começo foi um caos: uma mentira sobre a idade, uma noite de curiosidade, um pedido de desculpas acompanhado de cupcakes. Mas algo ficou. Uma presença que não ia embora. Entre cigarros no meio da madrugada, risadas fora de hora e uma estranha cumplicidade, eles criaram um refúgio - imperfeito e silencioso,
Seis meses depois, já não havia espaço entre um e outro. Mas Louis ainda fingia que aquilo não era nada. Que o garoto era novo demais, puro demais, que a diferença de idade era um abismo. E, no entanto, toda vez que Harry sorria, Louis sentia o chão ceder completa