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Simone voltou da Coreia, mas a verdade é que seu coração jamais deixou o lugar onde Soraya ficou. Estava preso ali, na última troca de olhares antes da despedida, nos gestos não ditos, na ausência que moldava cada lembrança. Ela trouxe presentes na mala, mas era o peso da saudade que mais ocupava espaço.
Soraya, por sua vez, não partiu dali. Esperou com a paciência de quem ama no escuro, com a coragem silenciosa de quem sabe que o amor, quando é real, sobrevive até ao silêncio. Entre uma mensagem não enviada, uma foto não curtida, ela seguiu amando. Sem promessas. Sem plateia.
E então veio o reencontro.
Entre um jantar de casais, taças de vinho, guardanapos dobrados com zelo, olhares que já diziam mais do que qualquer brinde, nos sorrisos desviados, o amor entre elas florescia onde ninguém via, mas onde tudo era mais real: na dobra do tempo, entre o que se mostra e o que se sente.