Yumi sempre viveu entre dois mundos: o real, onde sua timidez a impedia de se abrir para os outros, e o imaginário, onde seus livros a levavam a um universo de paixões intensas e desejos proibidos. Ela sonhava em experimentar tudo o que lia, mas nunca teve coragem de revelar esse seu lado secreto para ninguém. No entanto, tudo muda quando ela completa 18 anos e cruza o caminho de um rapaz misterioso e envolvente. Ele desperta nela sensações que antes só existiam nas páginas de seus livros, desafiando seus limites e levando-a a questionar até onde estava disposta a ir. Mas enquanto Yumi se entrega ao desconhecido, ela começa a perceber que nem tudo é como nos romances que tanto ama. Talvez esse encontro tenha sido o pior erro de sua vida... ou talvez seja exatamente o que ela sempre precisou. Em meio a desejos, descobertas e perigos inesperados, Yumi terá que decidir se está pronta para viver sua própria história - com todas as consequências que isso pode trazer.

O que a curiosidade sussurrou para a dúvida? Esse mundo não é uma aventura e sim uma des-coberta. Ser-junto a historicidade e temporalidade dos minicontos e contos é cuidar de sua angústia. Abertura da história se dá com Thomas um cara obscuro que pro-cura resolver sua pendência em uma cidade pequena e neblinada por acontecimentos sangrentos, religiosos e míticos. *Na beirada de uma cama surrada e úmida de suor, Thomas respirou fundo e inclinando-se para trás apoiando suas mãos na cama e olhando para o teto velho com a tinta descascando e um ventilador barulhento. Após um momento de melancolia olhando para o ventilador barulhento Thomas volta-se para o que tinha de fazer naquela cidade pequena. Levanta-se lentamente abrindo sua mala vermelha na ponta da cama para se vestir, retira uma camiseta cinza e uma calça preta, ao lado da mala havia um cinto, um par de sapatos e um sobretudo preto.* Para onde ele vai? A mundanidade não para. Buscar pela resposta é um estranhamento e um absurdo no encarar com o abismo do novo. Abertura se desfecha com outra abertura, o fim se entrelaça apenas com a finitude do ser.