O que um ex soldado que não pode mais ouvir, uma criança excêntrica obcecada por post-its e uma escritora de contos eróticos fracassada tem em comum? A resposta: as noites calmas de Nantes, um gato caolho que ninguém tem certeza de onde veio e um velho ditado lídiche que diz 'o homem planeja e Deus ri'. E como ele ri. [Primeiro lugar na Categoria LGBTQ+ do concurso RARIDADES DA ESCRITA]

Ofélia conseguia governar, mas não podia. Demival tinha que governar, mas não conseguia. Teobaldo foi ordenado a matar, mas não queria. Margareth era a princesa na torre do dragão, e também o dragão na torre da princesa. Ou como um reino quis mandar neles, eles disseram foda-se e fizeram sua própria pequena família.

Em Paris no fim da década de 20 o jazz florescia. Sidonie e Carla Saint Clair eram moradoras do boêmio bairro de Montmartre, porém passavam a maior parte de seu tempo confinadas em sua luxuosa casa ou fazendo compras pela Champs-Élysées. Em um desses passeios pela avenida mais famosa de Paris elas encontram Bettine Roxette, uma jovem radiante, bonita, sem muito dinheiro, mas que vivia pela dança. Quando Sidonie presenteia a desconhecida com um chapéu caro, Bettine as agradece levando-as para o Amis de la Vie, um café dançante em Montmartre. Com uma atração mútua Sidonie e Bettine embarcam em uma aventura com muito amor, sedução, intrigas, e claro, muito jazz. (Levemente inspirado na canção de Mecano - Une femme avec une femme)