PoetaAmargurada
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Enid Sinclair sempre viveu sob os preceitos inquebrantáveis da fé que a guiava desde a juventude. Como pastora de uma pequena congregação no interior, aprendeu cedo que havia três regras que jamais poderiam ser violadas: uma pastora não pode se casar, uma pastora não pode abandonar seu rebanho e, acima de tudo, uma pastora não pode abandonar Deus.
Durante anos, Enid foi exemplo de obediência e devoção. Sua vida era feita de sermões, orações e silêncios dolorosos. Até que ela apareceu.
Seis meses atrás, no altar sagrado da própria igreja onde pregava o amor divino e a renúncia carnal, Enid quebrou seu voto de celibato. O pecado foi consumado sob os olhos de Deus - e, mesmo agora, ela não sente arrependimento.
Enid não fugiu. Não mentiu. E agora, com os olhos voltados ao céu e os pés ainda sujos da terra, ela ousa dizer:
"Meu nome é Enid Sinclair. Eu sou uma pastora. E essa... é a minha confissão."
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