nanalnk
🕸 | Robin Arellano sobreviveu ao inferno - mas o inferno não o deixou sair completamente. As vozes do passado ainda ecoam quando o mundo silencia, e o cheiro de concreto frio e sangue velho ainda vive na memória. O cativeiro acabou, mas ele nunca mais foi o mesmo. Às vezes, ele acha que ainda está preso lá, em um quarto sem janelas, onde o tempo parou e a dor virou companhia. Agora, ele tenta ser apenas mais um garoto no meio da multidão, com os punhos fechados e o olhar distante, fingindo que nada o assombra, que o trauma não pulsa por baixo da pele. Mas cada noite traz de volta as sombras - e ele começa a perceber que sobreviver não é o mesmo que viver.
🔪| Até que ela aparece. A garota de voz suave e olhar curioso, diferente de tudo que ele conhecia. Ela sorri como se o mundo ainda tivesse salvação, e fala com ele como se as cicatrizes não existissem. Com ela, Robin sente que pode ser alguém novo - alguém inteiro. Mas quanto mais ela se aproxima, mais ele teme que essa luz o queime por dentro. Ela o vê de verdade, e isso o assusta. Porque ninguém deveria ver tanto.
🕳| O que começa como proteção se transforma em vigilância. Ele quer saber onde ela está, com quem fala, se está segura. Ninguém mais entende o perigo como ele entende - o que o mundo é capaz de tirar. E se ele precisou matar para sobreviver, faria o mesmo para proteger o que ama. Robin não percebe quando a necessidade se confunde com amor, quando o medo se disfarça de cuidado.
🛹| Ela é o motivo que o faz continuar, o nome que ecoa quando o passado volta para assombrá-lo. Mas o amor pode ser só outra forma de prisão, e ele sabe como é difícil escapar delas. No fim, o que sente pode não ser amor - pode ser o reflexo distorcido de tudo que perdeu. Ainda assim, Robin Arellano a ama. E para alguém que já esteve tão perto da morte, isso é o mais vivo que ele já se sentiu.
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- robin arellano x mal