Secondreality_
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Apaixonar-se já era um risco - mas se apaixonar por alguém com a mente quebrada, transtornada, marcada por cicatrizes que a medicina não conseguiu apagar... isso era atravessar o limite do aceitável. Isso era amar o caos.
E foi exatamente isso que aconteceu.
Ele não era apenas um homem com um passado sombrio - ele era o próprio abismo, e eu... eu me joguei de cabeça.
Descobri que a vida pode ser uma tempestade incessante de dor e prazer, de culpa e obsessão. Um beijo dele me levava aos céus; um olhar seu, me arrastava para o inferno mais profundo. A linha entre a loucura e o desejo se apagou antes mesmo que eu pudesse perceber.
E então veio o casamento.
Não um casamento de conto de fadas. Não havia véu branco, não havia flores, não havia promessas doces. Havia sangue. Havia gritos. Havia os votos silenciosos de duas almas que não sabiam amar de forma sã. Um contrato assinado com a própria insanidade.
Porque amar alguém como Castiel Kaulitz é como tentar segurar uma lâmina afiada - inevitavelmente, você vai sangrar.
Mas ele me perguntou uma vez, com os olhos fixos nos meus, com aquela loucura bruxuleando dentro deles como uma chama prestes a incendiar tudo:
- Você viveria por mim?
Não morreria. Viveria.