Belém Martins quer se vista. Não por qualquer um, mas pelos pais - que nunca estão por perto. Quando o natal chega, ela tem um plano para chamar um pouco de atenção e conseguir um almoço em família. Um camarão, uma crise alérgica e um telefone desesperado. Expectativa: seus pais pegam o primeiro avião e voltam para casa. Resultado: rosto inchado, quase morte e uma véspera de natal sozinha no hospital da cidade. Ou quase só, já que sua companheira de quarto parece estar na mesma situação que ela. Cassandra está no hospital a mais tempo do que parece, ela gosta de conversa e preenche espaços. É o único ponto positivo do feriado e Belém sabe bem disso. Por isso, suas vistas ao apartamento 107 do Hospital Santa Maria da Conceição do Rio começam a ficar cada vez frequentes. Só tem um problema: o coração de Cassandra vai parar de bater a qualquer momento.

Cosmos Silva, além de ter sido agraciado com um nome nem um pouco comum, teve o infortúnio de ganhar ao longo dos seus dezessete anos uma lista quase inacabável de tragédias para colecionar. Como se não bastasse ser daltônico, hipocondríaco e portador de um par de pernas que sempre tendiam a fazê-lo tropeçar, o garoto ainda precisava lidar com o temperamento irreverente de Apollo, seu vizinho incomum de quem tem certeza - e jura de dedos cruzados - que não gosta, e com o penhasco de altitude inimaginável que adquiriu pela sua colega de classe, Brunna. Imerso na sua perpétua maré de azar, Cosmos vive pairando por mundos paralelos com todas as suas traquitanas mentais, enquanto anseia pelo dia em que será, enfim, notado por aquela que gosta. Até receber uma intervenção de Apollo.

Valentim Garcia jura por tudo o que é mais sagrado que o seu ódio por Aart Duarte é genuíno. Ele detesta tudo o que envolve o garoto, dos cabelos tingidos de verde-vômito à ponta dos tênis desbotados que sempre usa. Ou, ao menos, pensa que sim. Porque, ao se ver forçado por uma situação externa a passar tempo com ele, Tim percebe que a agitação que sente no estômago sempre que o vê pode ser tudo, menos desprezo.

Oliver e Luccas são inimigos declarados desde os quatro anos. Ou, pelo menos, eram, antes de Oliver ir embora para outra cidade perto do final das suas infâncias; pois quando o garoto ressurge, mais de seis anos depois, dentro de um par de calças rasgadas e com um potencial de tirar paciências elevado à milésima potência, ele propõe um acordo de paz à Luccas. Entretanto, a serenidade entre ambos promete não ser nem um pouco fácil de conseguir diante de todas as suas diferenças. Seria possível, no meio de tudo isso, o florescer de sentimentos muito mais abstratos do que o ódio?

Gênesis tinha vários objetivos para o seu ensino médio, bem organizados em uma to do list. Só que alguns, em especial, eram mais importantes. Primeiro, entraria para o tão sonhado grupo de cheerleaders Furiosas do colégio Quartzo. Segundo, ficaria bonita o bastante para que Isaac Boaventura retribuísse seu sonho de criança. E terceiro, conseguiria ingresso para a universidade da sua vida: a Universidade de Nova Atlântida. Mas tudo tinha dado errado. Até o que não esperava. Lidando com os novos relacionamentos dos pais e faltando metade do ano para o fim do ensino médio, ela já havia sido expulsa do tão sonhado time e Isaac não dava a mínima para sua existência - mesmo que estivesse em uma posição suficiente no ranking de popularidade da escola. Em cadeia, sua amiga de anos a substituiu repentinamente e Gen precisa lidar com o que, definitivamente, não esperava após três anos: Pandora, sua ex-melhor amiga e única repetente da turma, precisa que ela use a pouca consideração que sobrou da amizade das duas para evitar que reprove novamente. E, em troca, está disposta a ajudá-la a realizar sua lista de vontades, incluindo dar dicas sobre como fazer Isaac notá-la. Mas a salva-vidas da ilha não é um grande exemplo de feminilidade, nem de boas maneiras. [História sáfica! Contém relacionamento lésbico. E recomendável +16 para sua leitura!]. A história não possui revisão profissional. Além disso, para relatar qualquer problema, entre em contato via e-mail comigo! É maryeabade@gmail.com ou na minhas redes sociais: @marysabade. Não posso mais ler notificações :(.