Sinto o estrondo a poucos metros de mim. Poeira, gás da morte, corra ou seja morto, ache um esconderijo e se encolha. Ah é mesmo...não há para onde correr; os homens de uniforme levam as crianças que aqui restaram. Os homens maus, aqueles que também me levaram. Agulhas, testes sem fim, quando poderei ver o sol de novo? Não, nem sequer me lembro a cor real dele desde que foi coberto pela luz vermelha que se ergue no horizonte Eu quero correr pela grama, que agora exibe um solo sepulcral, eu quero dançar na chuva, mas isso poderia me matar, eu quero viver, mas essas paredes de concreto acinzentaram minha alma

Coletânea de contos curtinhos de terror e mistério com finais inesperados