Simone voltou da Coreia, mas a verdade é que seu coração jamais deixou o lugar onde Soraya ficou. Estava preso ali, na última troca de olhares antes da despedida, nos gestos não ditos, na ausência que moldava cada lembrança. Ela trouxe presentes na mala, mas era o peso da saudade que mais ocupava espaço. Soraya, por sua vez, não partiu dali. Esperou com a paciência de quem ama no escuro, com a coragem silenciosa de quem sabe que o amor, quando é real, sobrevive até ao silêncio. Entre uma mensagem não enviada, uma foto não curtida, ela seguiu amando. Sem promessas. Sem plateia. E então veio o reencontro. Entre um jantar de casais, taças de vinho, guardanapos dobrados com zelo, olhares que já diziam mais do que qualquer brinde, nos sorrisos desviados, o amor entre elas florescia onde ninguém via, mas onde tudo era mais real: na dobra do tempo, entre o que se mostra e o que se sente.

França, 1957. A fé é tudo o que resta quando a vida já tirou todas as escolhas. Madre Simone sabe disso e aprendeu cedo. Filha de camponeses da região de Lyon, órfã de mãe aos oito anos e criada entre freiras silenciosas e padres que não perdoavam dúvidas, Simone descobriu na Igreja a única estrutura onde o sofrimento podia ser transformado em virtude. A fé tornou-se sua muralha. Seu hábito, uma armadura. Subiu ao posto de madre superiora com a mesma disciplina com que escondeu cada vestígio de si, emoções, desejos, memórias. Ao assumir o Convento de Sainte-Marguerite, nas colinas isoladas da Provença, impôs uma rotina de ferro: silêncio, oração, trabalho. Nenhum desvio. Nenhuma concessão. Nenhuma brecha. Mas o mundo lá fora continuava a sangrar e a julgar. Soraya, por sua vez, vem de outro universo. Criada em Paris por uma família aristocrática e severa, sempre foi alvo de olhares de desaprovação. Desde muito jovem, percebeu que seus sentimentos não seguiam o esperado. Sentia coisas por outras meninas, olhares longos demais, suspiros silenciosos, o coração que se apertava sem motivo. Sua primeira confissão foi interrompida por tapas. A segunda, por lágrimas. A terceira, pela sentença: "Deus pode te curar." Soraya não escolheu o convento. Foi enviada para lá pelos pais, que viam nos muros da fé uma última tentativa de "corrigir" a filha antes que a vergonha caísse sobre o nome da família. A promessa era de purificação. A verdade, uma prisão. Quando Soraya chega ao convento, Simone a vê como mais uma alma perdida a ser endireitada. Mas algo nela, talvez a altivez, talvez a rebeldia velada a inquieta. E Soraya, embora diga odiar tudo o que o lugar representa, se vê estranhamente atraída por aquela mulher de olhos frios e voz impenetrável. Não pelo poder que ela representa, mas pela fragilidade que esconde tão bem.

Soraya Thronicke sempre acreditou que seu destino seria simples, uma vida no campo, o som do vento entre as árvores, os pés na terra e o coração livre. Mas quando sua família, sufocada por dívidas e pressionada pelas normas de uma sociedade que não perdoa a pobreza nem a rebeldia, a entrega em casamento à enigmática Baronesa Simone N. de Vauclaire, tudo muda. A Baronesa, que vive isolada em um castelo antigo e tomado pelo tempo, é uma figura cercada por rumores. Dizem que nunca envelhece. Que ninguém a vê sob a luz do sol. Que seus olhos escuros como o abismo veem através da alma. Para os moradores do vilarejo, ela é uma lenda viva. Para Soraya, uma sentença. A chegada ao castelo é como cruzar o limiar entre o mundo dos vivos e o dos esquecidos. A convivência entre as duas mulheres é marcada por silêncios carregados, palavras afiadas e um jogo constante de resistência. Simone mantém sua fachada fria, elegante e distante, uma mulher acostumada a ser temida, não amada. Soraya, impulsiva, desconfiada e corajosa, se recusa a se submeter à vontade de uma mulher que parece ter esquecido como é viver de verdade. Mas com o passar dos dias, o que era apenas convivência forçada começa a se transformar. Um toque acidental. Um olhar prolongado. Um segredo revelado em meio à noite. Soraya descobre a verdade por trás da imortalidade da baronesa e, ao invés de fugir, se vê enredada em uma teia de dor, solidão e desejo. Enquanto forças externas ameaçam desmascarar Simone e destruí-las, as duas mulheres se veem diante de uma escolha impossível: proteger uma à outra ou aceitar o destino que o mundo lhes impôs. Em meio a caçadores, espelhos partidos e pactos de sangue, Soraya percebe que há mais vida no olhar sombrio da baronesa do que em todo o mundo que conheceu. E que talvez, no escuro daqueles olhos insondáveis, esteja o destino que nunca ousou sonhar.

Nem tudo começa com um impacto. Às vezes, o que nos muda chega devagar - como quem pede licença para entrar, mas nunca realmente bate à porta. A Ministra Simone vive entre palavras medidas e planilhas severas, onde cada gesto tem função e cada emoção, um limite. Mulher de rigor e reticências, ela construiu sua trajetória como se o amor fosse um luxo dispensável. E, talvez, fosse. Até que Lívia, sua nova assessora de olhos atentos e silêncio respeitoso, atravessa seus dias com a delicadeza de quem entende que certas verdades só se dizem em silêncio. Não há escândalo, nem promessas. Apenas o tempo - esse que, quando bem observado, revela o que parecia imóvel. Entre reuniões, relatórios e olhares que duram um segundo a mais do que deveriam, algo se desloca. E Simone aprende que às vezes o que desorganiza tudo não é o grito, mas o cuidado. Porque há coisas que só florescem devagar. E esse é o tempo das pequenas coisas.

Simone Tebet comanda a Nassar Maison, uma poderosa revista de moda, com a frieza e o perfeccionismo de quem transformou disciplina em arte. Soraya, sua secretária recém-contratada, é bem mais jovem, autista, brilhante, sensível - e um tanto desajeitada em ambientes sociais. Tem dificuldades com ironias, fala o que pensa sem rodeios e prefere rotinas rígidas a improviso. É dona de uma doçura involuntária que desarma até o coração mais blindado. Quando Soraya precisa comparecer ao casamento de sua irmã - uma mulher cruel que vive a criticando por ser "estranha" demais -, Simone se oferece para acompanhá-la. Agora, entre vestidos luxuosos, olhares que duram demais e silêncios que dizem mais do que deviam, as duas vão descobrir que o amor pode nascer até nas relações mais improváveis.

Um testamento, uma lenda que ultrapassa gerações, um desafio perturbador, uma falecida Baronesa enigmática e uma jovem com muitos problemas. Uma história perturbadora e um novo olhar sobre as lendas. História inspirada em fatos reais. [Essa história contém um mix de acontecimentos reais com um toque de fantasia. Fiquem atentos porque Vênus da Noite também é cultura, mas não levem tudo ao pé da letra, afinal, trata-se acima de tudo de mais um delírio da minha mente perturbada e sombria.] 1- Todas (ou a maioria) das imagens ilustrativas usadas aqui são do Pinterest, sendo assim, se pertencerem a alguém basta me avisar que colocarei os devidos créditos. Ou retiro a imagem, se for o caso. 2 - Erros ortográficos poderão ocorrer, e serão corrigidos assim que possível. * Eu não escrevo para crianças! Meu conteúdo é classificado como "maduro". Minhas histórias são para adultos maiores de 18 anos. Dito isso, não sou responsável caso algum menor de idade sem a supervisão dos pais leia minhas histórias. ** Essa obra é um delírio da minha mente perturbada. Sendo assim, trata-se de uma história FANTASIOSA. Apenas uma obra de ficção com o intuito de enaltecer relacionamentos românticos entre mulheres

Em uma noite de verão, num local abafado e barulhento, podemos encontrar um grande amor. 🪷

Desde quando eram apenas professora e aluna, Soraya arrumava um jeito de fazer Simone nutrir ainda mais ódio por ela. Agora, depois de anos, em meio a uma disputa pela presidência, as duas se vêem tendo que aturar a presença uma da outra mais vezes do que gostariam. Estariam elas dispostas a manter uma falsa cordialidade em frente às câmeras pelo bem do país e de suas candidaturas?

Soraya Antonelli é uma linda jovem que acabou de completar 18 anos e de passar para o curso de Administração na melhor faculdade do Estado. Recém saída de um renomado colégio interno, ela não tem ideia do que a aguarda. Seu pai acabou torrando toda a riqueza da família com prostitutas e jogos de azar. Endividado e correndo risco de vida , ele resolve entregar a mão de sua única filha em casamento para uma milionária de 43 anos chamada Simone Ferri. Ela desejava casar-se com uma moça pura , linda e que lhe desse um herdeiro. Será possível o amor nascer nessas circunstâncias? Não recomendado para menores de 18 anos.

Vocês já imaginaram o que acontece por detrás da produção dos glamurosos vestidos de grife? Quando a modelo fotográfica Soraya Thronicke é contratada para ser a cara da nova coleção da estilista Simone Tebet, todo o processo de produção é modificado. Entre as quatro paredes do estúdio de Tebet os tecidos, lantejoulas, roupas e sapatos são testemunhas da grande tensão sexual entre as duas mulheres. ©️ Autoras: titatebet; GabiHirinchsen