Sherlock Holmes era um viciado. Em momentos decisivos, ele se voltava para a droga para, enfim, conseguir algum pingo de sobriedade [ou algo parecido com isso]. Porém, desta vez, Sherlock Holmes não procurou alento na heroína, uma de suas maiores companheiras. Não, não dessa vez. Ele precisa de algo mais forte. Algo que pudesse inebriar seus sentidos e fazê-lo vivo novamente. Dessa vez ele precisava da sua droga favorita: John Watson.

John Watson nunca lubrificou a sua porta, já que dizia ser o seu "sistema de alerta para invasores". Só que naquele dia, quando empurrei a madeira e ouvi as dobradiças rangerem altas por todo o flat, ele não se mexeu. Muito pelo contrário: estava tão concentrado no que fazia que sequer me viu na porta. Somente quando eu ouvi seus lábios sussurrarem o meu nome, porém, é que eu entendi o que ele realmente estava fazendo.