Minyards! Ame-os ou deixe-os. A vida que era mais divertida com eles. Neil descobriria isso em breve.

Andrew Joseph Minyard não era um clichê. Ele se recusava a fazer parte das massas de pessoas que caiam nesses conceitos genéricos onde todos se viam envolvidos pelos mesmos gostos e comportamento. Ele era diferente das outras pessoas. Era um adolescente de quinze anos que se recusava a ser um clichê.

"O olhar de Andrew é quase indecifrável, Neil só consegue o identificar porque já o viu outras vezes, sempre que Andrew está próximo do limite." Uma pequena, mas bem pequena mesmo, one shot do Andrew e Neil sendo eles mesmos em um momento íntimo, baseado nessa maravilhosa fanart da capa.

Neil Josten tinha tempo livre para pensar. Desde o momento em que ele pôde enterrar Nathaniel Wesniski em Baltimore, ele descobriu que a vida poderia ser incrivelmente tediosa quando não haviam milhares de pessoas tentando lhe assassinar. Para a maioria das pessoas, isso deveria ser bom. Mas para Andrew, era uma tragédia absoluta.

E era só o que era. Uma frase, um conjunto de letras que formavam palavras com um significado que Andrew nunca pôde entender. Mas a lembrança de Matt esmagando o corpo de Neil em um abraço, rindo alto porque Neil o chamou de amigo. Matt dizendo a Neil que o amava, deixou Andrew estranho. Como se o mundo virasse de ponta cabeça e saísse do eixo.

Acordar sempre foi difícil. Mas para Neil, era algo ansiado cada dia um pouco mais. Porque acordar... Significava um dia a mais com Andrew.

Raiva era mais fácil de lidar que a dor, por exemplo. Em sua lista ele já havia colocado altura, sorvete de frutas, biscoitos de chocolate amargo, barulho, pessoas no geral ― exceção a Renee, Wymack, Bee, Abby e talvez Neil ― covers dos anos 80, sua memória eidética e uma infinidade de outras coisas. Porque Andrew odiava muitas coisas ao mesmo tempo e nunca parava. Ele nunca odiou o silêncio de Neil antes. Eram raros os momentos em que ele não falava e falava sem parar murmurando para si mesmo quando pensava que os outros não estivessem vendo, agora aquele mesmo silêncio o estava matando.

Neil Josten jamais deveria ter cedido; Quando percebeu que a pura existência de Andrew colocava a si, e sua família em risco, deveria ter sido maduro o suficiente para resolver aquilo da maneira mais simples. Era imortal, e a imortalidade deveria significar ter algum privilégio. Mas Neil jurou jamais se tornar um monstro, como aqueles de seu passado. E decidiu que era sua tarefa proteger Andrew de si, do mundo... e dele mesmo. Só não imaginava que o trabalho em si seria tão difícil quanto irresistível.

E se no livro tivesse sido revezado o ponto de vista de Baltimore? Enquanto Neil sofre nas mãos de seu pai e seus capangas, o que acontecia com seus amigos? E se Andrew narrasse desde o momento que Neil disse o que talvez fossem suas últimas palavras? Será que esse sumiço de Neil fará com que Andrew finalmente note os sentimentos que tem por ele? Os personagens e o mundo não me pertencem, todos foram criados por Nora Sakavic. Créditos da capa ao devido autor, apenas encontrei no pinterest.

Onde Andrew está sozinho em um lugar que construiu para si mesmo, aproveitando sua paz depois do surto de uma infecção por um fungo. Até que, Neil Josten (literalmente) cai em sua vida. Uma fanfic Andreil inspirada no terceiro episódio de The Last Of Us (mais feliz, prometo).