2 stories
Feridas Profundas (HIATO) by nanzcampos
nanzcampos
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    Parts 35
ESTE LIVRO PODE CONTER GATILHOS RELACIONADOS A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Há algo de podre no reino da Dinamarca, escreveu Shakespeare no ato I de Hamlet. Já se passaram vários atos na vida de Isadora e, mesmo assim, tudo continuava apodrecendo ao seu redor. Ela, que nem gostava tanto assim de Shakespeare, sempre pensava nessa única frase para descrever sua vida. Isadora era uma médica renomada, referência na sua área, que estava sempre tentando recomeçar a sua vida e esquecer seu passado, ao lado da sua única filha - e sempre companheira, Isis. - A menina - de apenas oito anos - era mais problemática do que Isadora gostaria que fosse, mas, além das confusões que a garota sempre lhe colocava, por fora, se a vida delas fosse uma vitrine, tudo seria visto como perfeito. Estava tudo aonde deveria estar. Ainda assim, havia algo de podre no reino da Dinamarca. Que nem era na Dinamarca e muito menos um reino. Havia no olhar sem brilho de Isadora, nas cicatrizes que haviam em seu corpo e nas feridas ainda abertas que carregava em sua alma. Na falta de sorriso e na dureza com que caminhava. E agora, talvez, no seu relacionamento no novo hospital. Havia muitas coisas de podre, com certeza. E Isadora não podia mais fugir desse passado pútrido como o próprio Hamlet não pode fugir de seu destino. Porque, no final, a gente nunca consegue esconder as feridas profundas que uma decepção pode nos causar. E nem seguir em frente, antes de conseguir desinflamar. CAPA: Caroline Freitas (essa menina linda!)
Doses Lunáticas de Amor e Café [AMOSTRA] by nanzcampos
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    Parts 9
Os Cafés são esses lugares cheios de escritores, trabalhadores, lunáticos e, claro, histórias. Muitas histórias! Luana sabia muito bem disso, porque era dona de um e porque estava sempre cheia de muitas histórias para contar. Seus olhos negros raramente perdiam algum detalhe que ocorria assim, bem embaixo do seu nariz, bem no meio do seu Café. O Mundo da Lua era um desses recantos que as pessoas corriam quando precisavam de um pouco de paz e colocar a cabeça no lugar. Pena que Luana vivia mesmo era com a cabeça na Lua! E o coração, coitado, num tal de Caio. Que por sua vez vivia mesmo era com a cabeça cheia de problemas! E com o coração, oh, correndo uma maratona para fugir desse tal de amor. Mas estava tudo bem para Luana que fosse assim. Não era como se fosse o fim do mundo estar apaixonada por um cara há quase dez anos, que por um acaso está há dez anos tratando você como a grande-irmã-que-a-vida-lhe-deu. Estava tudo, tudo bem. Até que ele a chamou de "minha mulher". Agora nem a Lua parecia um lugar pacífico para morar. E a garota não podia mais fugir: era a sua história que precisava ser contada. E ela estava apavorada porque não fazia ideia de como isso iria terminar. CAPA FEITA POR: @LunaKingstonbooks