Numa noite chuvosa, com relâmpagos cortando o céu, a luz se apagou de repente no prédio norte do Edifício Timochenco. Os corredores ficaram desolados, dominados pelo silêncio pesado da tempestade, sem som ou movimento, apenas o barulho insistente da chuva e os trovões distantes. Quando a luz voltou, uma porta entreaberta lançava um brilho trêmulo pelo corredor escuro. Lukas saiu do quarto, o coração apertado ao se deparar com uma cena de horror: Kaio estava estirado no chão, o corpo coberto de sangue fresco, perfurado por várias facadas profundas que denunciavam uma violência brutal. As poças de sangue formavam um rastro pelo chão frio, levando até a porta escancarada. Ao redor, marcas de pegadas descalças e sujas se espalhavam pelos corredores, como se alguém tivesse fugido apressado, deixando segredos impressos no piso úmido. Lukas, tomado pelo desespero, começou a gritar por socorro. Um a um, vizinhos começaram a abrir suas portas, saindo em silêncio para se curvar ao redor do corpo, o medo e a perplexidade refletidos em seus rostos. Alguém finalmente chamou a polícia, dando início a uma investigação que prometia revelar muito mais do que todos imaginavam. O que realmente aconteceu com Kaio? Foi um assassinato? E, principalmente, quem entre os vizinhos teria cometido tal ato? Sete semanas atrás..