Eu não voltei por acaso. Seis anos longe foram suficientes para entender uma coisa: algumas pessoas não são feitas para serem esquecidas. Sarada Uchiha nunca foi uma escolha. Sempre foi uma sentença. Ela diria que mudou. Que cresceu. Que não me deve nada. Mentira. Ela ainda me olha do mesmo jeito quando pensa que não estou vendo. Eu a conheço melhor do que ela gostaria. Conheço seus medos, suas falhas, suas virtudes - e cada detalhe que ela insiste em chamar de imperfeição. Se alguém a fez acreditar nisso... não existe mais. E não me arrependo. Chamam o que sinto de obsessão. Eu chamo de devoção. No Midnight Pact, não prometemos amor. Amor é fraco demais. O que existe entre nós é mais antigo, mais fundo, mais escuro. Um pacto silencioso feito de desejo, posse e escolhas que não podem ser desfeitas. Ela pode tentar fugir. Pode fingir que ainda somos apenas amigos. Mas quando a meia-noite chegar, Sarada vai lembrar: Algumas histórias não começam com um beijo. Começam com a certeza de que não há saída. E eu sempre volto para o que é meu.