ELEONOR DUARTE REIS sempre soube lidar com a pressão de salvar vidas, mas nada a preparou para a dor da morte de sua irmã mais velha. Imersa no luto e e sobrecarregada pela responsabilidade de criar seu sobrinho, e agora enteado, Eleonor tenta a cada dia demonstrar firmeza para Alexandre, uma pequena criança de cinco anos que não entendia porque havia deixado de ver sua mãe, e isso cortava o coração da médica. Então, afim de alegrar o menino, decidiu que pediria um favor a um velho conhecido. Como a médica responsável pela família de Dudu, a mulher acabou criando uma relação com as crianças daquele ídolo palmeirense. Assim, ela o recorreu pedindo uma ajuda, para realizar o sonho de Alexandre: que ele entrasse em campo ao lado de seu jogador favorito, Raphael Veiga. RAPHAEL CAVALCANTE VEIGA é um jogador que se vê em uma onda de paixonites após terminar seu duradouro relacionamento. Agora, ele não procurava seriedade em seus casos amorosos, apenas diversão, e Abel Ferreira percebia que suas festas estavam o tirando cada vez mais do seu foco principal: o futebol. Assim, com uma ameaça que, se não se dedicasse mais em campo, iria começar a jogar como reserva, Raphael volta a realidade quando encara os olhos brilhantes de uma criança que entrou de mãos dadas com ele no gramado. O homem desde sempre havia sido apaixonado por crianças, seu principal sonho era algum dia, se tornar pai. E, ao ver como aquele garotinho o admirava, uma chama se acendeu em seu peito, que deveria dar o seu melhor para ser um exemplo que eles pudessem seguir. Entretanto, quando seus caminhos se cruzaram com o de uma médica impaciente, tudo parecia ter saído do eixo. Eleonor não tinha tempo para distrações. Entre plantões exaustivos, o luto sufocante e a responsabilidade de criar uma criança sozinha, a última coisa que ela queria era se envolver com um jogador de futebol mulherengo e cheio de holofotes como "O príncipe do Palestra".

PHOEBE AVERY, como seu próprio sobrenome entrega, não era uma pessoa que aceitava a derrota facilmente. Nascida como uma corvina, seus olhos de águia, ou como as más línguas diziam, de corvo, capitavam os mínimos detalhes que fizessem sua vida meticulosamente planejada desandar. Criada sob o teto Malfoy, seus parentes vivos mais próximos, tinha como destino se tornar uma comensal após a ascensão do Lorde das Trevas, algo que nunca fizera nada para evitar, mas que se tornou um pesadelo após seu tabuleiro de xadrez acabar em xeque mate por um lufano repleto de generosidade. Com o intuito de acabar com os rumores sobre seu pai e achar pistas sobre o paradeiro de sua mãe, Phoebe acaba em uma busca incessante pela verdade sobre sua família, cansada de viver em volta de mentiras e promessas vazias. Entretanto, sua rota é desviada quando em uma noite, acaba em detenção onde seu monitor é o capitão do time de quadribol da Lufa-Lufa, Cedric Diggory. CEDRIC DIGGORY, com o seu sorriso tão gentil como seu coração, era a definição de garoto de ouro por toda Hogwarts. Um lufano que levava a sério as características da sua casa, mas que não media esforços como o monitor rigoroso que todos esperavam. Moldado pelo o que as pessoas achavam dele, Cedric vivia em volta da pressão de ser a perfeição esculpida, não deixando brechas para que esse título escapasse de suas mãos. Mas, ele viu uma oportunidade de pela primeira vez, quebrar as regras, quando acabou se perdendo nos olhos de diabo de Phoebe Avery. Seu objetivo durante o ano era simples, tirar boas notas, ser um bom monitor, um bom amigo, um bom capitão, ser bom em tudo que estava propondo. As vezes, se tornando uma tarefa impossível quando a mais difícil delas envolve o coração de alguém obrigada a se esconder de si mesma. Unidos pelas diferenças que deveriam separa-los, Phoebe e Cedric se tornaram um lembrete de que escolhas e laços improváveis podem mudar até mesmo o destino.

LANA KEALOHA é uma jornalista havaiana que está apavorada com o que sua vida se tornou. Após sofrer uma lesão grave, seu único sonho é voltar a surfar, mas, sendo impedido pela própria saúde debilitada e agora, é uma comentarista esportiva. Com o objetivo de cobrir o maior evento esportivo do mundo, Lana se estabiliza no Taiti, país das ondas que tiraram sua oportunidade de viver com o que amava. A praia agora não lhe trazia mais boas memórias e felicidades, era sinônimo de dor. A dor de se afastar da própria vida, o mar era sua vida, e ele também era o fim dela. Se o seu propósito era enfrentar seus medos, ela falhou miseravelmente. E fora com as mãos tremendo e com os olhos chorosos que Lana conheceu Gabriel Medina, o homem que lhe acalmou com um sorriso tão sereno quanto o mar ao alvorecer. GABRIEL MEDINA é um surfista brasileiro que está radiante com a própria carreira. Embarcando para sua segunda olimpíada com o objetivo de levar o ouro para seu país, Medina se dedica a cada dia para ser o melhor que todos acreditam que ele seja. Com uma pressão imensa sendo posta sobre ele, o surfe consegue se tornar sua válvula de escape e o seu trabalho. O rei das ondas agora estava sendo passado para trás por seus adversários, porém, ele não deixaria isso acontecer. E, em mais uma de suas baterias impecáveis e brilhantes, Gabriel saira do mar exausto, sugado pela maresia e sorrindo para a mulher linda e assustada do outro lado do microfone. Mas, junto com o barulho das gaivotas e do mar agitado, os olhos tristonhos de Lana agora eram luz. Mesmo com medo, mesmo incerta e mesmo sabendo que a gravidade talvez seja demais, Kealoha ainda sim mergulha nas profundezas dos olhos de Gabriel, e ainda sim Medina se aventura na alma intensa e conflituosa de Lana. Eles eram como as ondas gigantes de Nazaré e pacíficos como oceano, oscilantes e imprevisíveis.