Não era pra durar. Nem pra começar, na verdade. Mas começou - nos olhares que não se queriam, nos toques que fingiam ser por acaso, nas conversas que paravam sempre antes do "eu também". Era só pra ser leve. Rápido. Um desvio no caminho. Mas virou nome sussurrado entre tragos, lembrança guardada atrás dos dentes, saudade que ninguém quis assumir. Antes que acabe, talvez alguém diga. Ou talvez não. E tudo se perca no mesmo silêncio onde nasceu.

Sarah Morgan sempre soube que seus livros eram diferentes. Como escritora paranormal, ela transcreve histórias que os próprios fantasmas lhe contam-mas nunca imaginou que um desses manuscritos acabaria nas mãos do PF. Agora, sentada diante de dois agentes federais, ela precisa explicar como seu livro descreve, em detalhes nunca revelados ao público, um crime ocorrido há vinte anos. Coincidência? Eles não acreditam nisso. E, para piorar, Sarah também não tem uma resposta simples. Entre olhares suspeitos, perguntas afiadas e um manuscrito que nunca deveria ter sido publicado, ela precisa decidir: contar a verdade absurda ou fingir que tudo não passa de imaginação? Mas uma coisa é certa-esse mistério está apenas começando.