Prólogo A escuridão reinava sobre a Suécia como um véu sufocante, obscurecendo qualquer resquício de esperança. O rei Christopher, implacável e sedento por poder, havia transformado o país em um campo de caça, onde a fé era um crime e Deus, um inimigo. Aqueles que ousavam acreditar eram condenados sem piedade-suas vozes silenciadas pelo aço da lâmina real. Entre os condenados estava Leopoldina, uma jovem que mal havia sentido o gosto da liberdade da maioridade antes de ser lançada às masmorras. Seus olhos refletiam o medo de um destino cruel: ser executada diante da multidão, um espetáculo de sangue para alimentar a tirania do rei. Seu único pecado? Acreditar. Mas Christopher não era um rei movido apenas pelo ódio-ele era um estrategista, e Leopoldina, uma peça em seu jogo. Um acordo sombrio nasce na penumbra daquela cela fria. Um pacto entre o carrasco e a prisioneira. Um fio tênue entre a morte e a submissão. O destino de um reino repousa agora nas mãos da jovem. Mas a pergunta que ecoa nas paredes da fortaleza é outra: será que Leopoldina conseguirá salvar seu povo... ou será ela quem acabará se rendendo ao rei?