redposdy
| Cartas ao amor perseguidor.
Há um amor que rasga o peito, queimado por um Espírito que é santo, que é Deus.
O véu já se rasgou, o caminho Ele trilhou, para que nós, em nossa necessidade Dele, pudéssemos tê-Lo em espírito e em verdade.
Nada pode se esconder de um amor que pulsa dentro de nós. Talvez as batidas do meu coração sejam a maior prova de que Cristo vive em mim. Não porque estou viva, mas pois, morta para o mundo, vivo ele está.
Como posso, então, viver desse amor, um amor que me preenche como nada mais no mundo, e não levá-lo a outras vidas?
A ideia de que o amor de Cristo é "perseguidor" pode ser associada à passagem de Filipenses 3:12 que citei na edição, onde Paulo diz: "Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus."
No texto original grego, a palavra traduzida como "alcançado" (ou "compreendido" em algumas versões) é "κατελήμφθην" (katalēmphthēn), que carrega a conotação de ser "perseguido e agarrado".
A ideia aqui é forte, o amor de Cristo não é passivo, mas ativo e insistente. Ele busca, persegue e nos agarra com propósito, até que sejamos transformados. Foi assim com Paulo, e é assim conosco.
Esse amor não desiste, ele nos encontra, nos alcança e não existe para onde ir.