annalizie
A primeira gravidez de Laena Velaryon deu ao destino três almas distintas em sua própria união.
Rhaena era doce, conhecida pelos gestos gentis e sorriso amáveis. Baela era a definição de ousadia e agilidade, com sua feição séria unida à um olhar caloroso. E, então, havia Akaethe, reconhecida pelos cabelos improvavelmente mesclados, dona de uma coordenação motora desastrosa e risada fácil.
O que não sabiam, todavia, era que a terceira gêmea tinha um segredo, um apreço pelo desconhecido e os segredos que somente a natureza e ecos dos Primeiros Homens poderiam lhe contar: magia. Ervas, elixires e livros proibidos preenchiam o fundo falso de sua arca de roupas. Uma bruxa, era isso que ela era.
Ao ser audaz o bastante para mexer com um dos campos humanos mais profundos e incontroláveis de todos, Akaethe produziu a poção mais perigosa que um dia já fizera: Jorrãelagon, a Poção do Amor. A princesa, porém, num acidente um tanto caótico e terrivelmente inesperado, não só mudou seu próprio futuro como também transformou o coração da última pessoa que poderia imaginar num antro de sentimentos confusos: Lucerys Velaryon.
Ali, sob os laços de uma poção do Amor, a situação lhe pareceu terrivelmente como o manuseio de sua planta favorita: um passo em falso, uma gota de sentimento a mais, e o que era para ser uma solução, torna-se escuridão.
O conjunto completo; raiz, folhas e frutos da Belladonna era conhecida por suas duas finalidades: Vida ou Morte. Luz ou Trevas. E Akaethe Targaryen, assim como a flor de frutos lilases e mortais que tanto apreciava, temia qual seria o fim daquela tempestade de sentimentos.
Salvação ou condenação?