Chega mais, você que se arrasta nesse esgoto chamado mundo, e ouve a voz de um cara calejado que já viu demais - mente zunindo com pílulas tarja preta e um humor que ri da própria bagunça. Este é o Manual do Egoísta, rabiscado por quem já dançou com a escuridão e voltou com cicatrizes. É o chute que você precisa pra acordar num jogo onde só quem se põe em primeiro lugar sobrevive. Altruísmo? Só papo furado de quem acha que ser bonzinho resolve. Aqui, a verdade vem crua, com sarcasmo ácido e humor negro na medida. O egoísta é o canalha que se acha rei, mesmo tremendo por dentro. Um sujeito que cola os cacos da autoestima com fita adesiva e desfila como se fosse invencível. Na família, é o que se serve primeiro. No trabalho, o que sorri enquanto te apunhala com elegância. Ele aprendeu que, se não se colocar no trono, será esmagado pelo rebanho. Parece ridículo com sua coroa de papel e espelho rachado, mas existe uma coragem nisso - a coragem de se escolher. Este livro é mais que um espelho sujo. É um manual de sobrevivência emocional, pra te ensinar a dizer "não" sem culpa, defender teu tempo como tesouro e cortar laços que te drenam. Mas não romantize: ser egoísta cobra caro. Vem com a solidão, os olhares tortos, a fama de herege. Num mundo que exige sacrifícios em nome do coletivo, o egoísta é o rebelde que prefere ser maldito a ser vazio. E se esse caminho incomoda, talvez seja porque ele te mostra um pedaço de você que você tenta esconder.