Charles e Max estavam aproveitando o tempo quente do Rio. O grande prêmio de São Paulo aconteceu no final de semana anterior e agora estavam de férias. E para sair do clima confuso e imprevisível de São Paulo, além daqueles prédios. Decidiram ir para o Rio de Janeiro. E lá estavam eles. Em um hotel na beira-mar, onde o quarto cheirava à mar. Aproveitando também o sol batendo na pele dos dois, transmitindo calor.

Max e Charles não tinham um ponto de encontro, e sim um posto de encontro. Era o posto onde tudo começou, a amizade, a paixão, o amor. Era o posto onde um garotinho moreno encontrou com outro, mas ele estava sozinho e abandonado lá. O garotinho chegou perto do menino loiro, e ofereceu carinho, amor e consolo, que aos poucos foi aceito pelo loiro. Não que o menininho não gostasse do amor, mas ele não tinha amor, ele não recebia amor, mas foi naquele posto que ao longo dos anos, achou um lar, achou amor.

Perigosa, era assim a relação de Max e Charles depois de uma balada. Eles estavam em perigo constante, fora das pistas. ONESHORT! Agradeço a uma amiga minha que me ajudou com o nome (o bloqueio criativo está foda) <Te amo Ceci, minha diva>

Era nos toques, olhares e recados em post-its que Max encontrava o amor. Não qualquer amor, era um amor imperfeito para os outros, mas totalmente perfeito pra ele. Não tão quente e nem tão frio. Um amor que nele algumas vezes não se falava nada, ou se falava tudo. Um amor que mesmo na briga e na desunião eles estariam lá pro outro. Mas um amor que não se podia ter, que ninguém podia saber, e que eles não podiam se amar. Um amor que mata, pela dor no peito, deixa você sem respirar, te deixa faminto por mais, e passando mal de amores. A morte não era fatal, mas podia matar mesmo, matar os sentimentos, tirar a razão para o coração bater, e o medo podia consumir até você sumir.