thisisdray
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Lando Norris está vivendo seu primeiro Natal longe de casa, tentando se acostumar com o silêncio de Mônaco e o frio que parece grudar nos ossos. Ele sempre foi um ômega sensível ao ambiente - às luzes, aos cheiros, às emoções - e, naquela noite, tudo ao redor parece grande demais, vazio demais.
Até que algo corta o ar gelado.
Um cheiro morno, firme, amadeirado.
Um perfume que Lando reconhece antes mesmo de se virar.
Oscar Piastri.
O alfa que ele não via há anos.
O alfa cuja presença sempre o deixava nervoso demais... e curioso demais.
Oscar aparece entre as luzes natalinas da rua, com neve acumulada nos ombros do sobretudo escuro e aquela aura tranquila de alfa que sabe exatamente quem é. O tipo de presença que preenche o espaço inteiro - e faz o coração de um ômega bater mais rápido antes mesmo que ele entenda o porquê.
Só que agora há algo diferente.
O cheiro de Lando está instável, doce demais, revelando que o ômega está entre ciclos, emotivo, vulnerável - e tentando disfarçar cada micro reação. Ele esconde o pescoço no cachecol, evita contato visual por tempo demais, mas Oscar percebe tudo.
Alfas sempre percebem.
O reencontro vira conversa.
A conversa vira passeio.
Pelas feiras iluminadas do centro, pelas barracas de chocolate quente, pelas vitrines que refletem os dois lado a lado como se fosse natural... quando não é. Lando ri baixo, tenta não demonstrar o quanto o cheiro firme de Oscar o acalma, o quanto a presença dele esquenta mais que o casaco caro.
E Oscar?
Oscar parece cada vez mais afetado pelo perfume doce e nervoso daquele ômega que ele nunca conseguiu esquecer.