vampirinasung
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Han Jisung convive com o estranho desde a infância. Desde muito pequeno, dizia ver pessoas que ninguém mais vê, ouvir vozes onde só havia silêncio e sentir presenças enquanto dormia. Disseram que era imaginação, trauma, sensibilidade demais. Jisung cresceu aprendendo a duvidar da própria percepção, mas nunca deixou de sentir que algo o acompanhava. Atento, silencioso, algo demais para ser ignorado. Mas ele ignorava. Ao se tornar jovem, tenta viver como se fosse comum. Aprende a calar o que vê, a não reagir ao que sente, a fingir normalidade em um mundo que nunca parece totalmente real. Ainda assim, memórias que não lhe pertencem o atravessam em sonhos, símbolos surgem sem aviso, e certos lugares provocam desconforto imediato, como se o reconhecessem antes mesmo de ele chegar.
O vampiro Lee Minho permaneceu preso a mágoas profundas após seu noivo, Lee Jisung, se sacrificar para salvar uma dimensão inteira. Após acontecimentos jamais esclarecidos, Minho decide ir atrás do que restou. Cinco anos depois, em 1978, encontra Han Jisung: a reencarnação humana de seu noivo, ainda uma criança de cinco anos. Desde então, passa a visitá-lo em silêncio ao longo da vida, deixando rastros e dúvidas, corroendo lentamente aquela mente em formação. Minho decide esperar até os dezoito anos de Jisung para se mostrar de forma definitiva.
O encontro deles não ocorre por escolha nem intenção. Acontece por inevitabilidade. Jisung se torna o ponto onde Minho volta a existir. No início, Minho é apenas percepção: sombra fora de lugar, reflexo que se move tarde demais, voz que atravessa o silêncio sem jamais se apresentar. Apenas Jisung o percebe. O terror nasce quando a dúvida se instala: Minho é real ou apenas o último limite de uma mente desacreditada? À medida que a presença se intensifica, Jisung percebe que certos medos não vêm do desconhecido, mas do reconhecimento. O castelo que surge em sonhos, frio, isolado e antigo, deixa de ser apenas