Lyora Kurobane nunca quis ser salva. A violência corria em suas veias como um lembrete constante do que o mundo havia tirado dela, do amor familiar que nunca recebeu. E sua individualidade - tão devastadora quanto incontrolável - era sua maior arma e maldição. Ela cresceu acreditando que o pai era apenas um alcoólatra, um ninguém, alguém incapaz de proteger quem quer que fosse. Mas ao longo do caminho, verdades sombrias começam a vir à tona, e Lyora percebe que ele está envolvido em algo muito maior, uma teia de poder e corrupção que se entrelaça com tudo a sua volta. E então ele apareceu. Dabi não era um herói, nem fingia ser. Ele a observava em silêncio, como se cada movimento dela fosse um ritual, cada cicatriz uma obra-prima. Havia algo perturbador na devoção que ele demonstrava, uma obsessão que queimava mais do que as chamas azuis que o envolviam. Ele a queria por inteiro, seus medos, sua fúria, sua escuridão. Entre corridas clandestinas, lutas sangrentas e inimigos que surgem de todos os lados, Lyora se vê encurralada em um jogo perigoso. Dabi não apenas a protege, mas a provoca, a desafia e a consome. Ele a marca de formas que ela jamais conseguirá apagar, mesmo quando sabe que se aproximar dele pode ser o fim. Porque quando a obsessão é tão intensa quanto o fogo, o que resta além das cinzas?

Se Selene soubesse do que é capaz, se tivesse certeza a quem pertence o seu coração, e acima de tudo lembrasse de seu passado, teria tido uma vida menos infeliz. Mas a pergunta que não quer calar, você quer ser o parasita ou o ser próprio?