L1CHTMANN
O mundo era perfeito. Três luas guardavam o céu, as cidades repousavam intocadas e a eternidade parecia absoluta. Mas a perfeição se partiu, e com ela veio o silêncio. O que antes era cheio de vida tornou-se ruína, e o que prometia durar para sempre revelou-se frágil como vidro.
No meio desse vazio desperta alguém que não sabe quem é, nem mesmo o próprio nome. Caminha por um paraíso sem vida, onde cada pedra e cada sombra parecem guardar lembranças que não lhe pertencem. A solidão pesa mais do que a própria existência, como se o mundo tivesse sido erguido apenas para lhe mostrar que até a eternidade pode sucumbir.
Existe sentido em permanecer vivo em meio a um vazio absoluto? O que acontece quando um mundo construído sobre a certeza da eternidade é confrontado com a prova incontestável de sua própria fragilidade?