zsloisa
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Em Barretos, ninguém se preocupa em parar pra comer. O negócio é viver cada segundo da festa: correr de barraca em barraca, se perder entre a galera, dançar no som alto, rir até a voz falhar. Whisky escondido dentro da caminhonete, cerveja gelada passando de mão em mão, drinks improvisados - tudo vale pra acompanhar o ritmo insano do rodeio e do camping. E, no fim, tudo converge para o camarote, onde a galera se encontra, vê o show de perto e faz da festa uma corrida sem hora pra acabar.
Carolina adorava o caos: tendas amontoadas, caminhonetes passando, risadas que ecoavam de um lado a outro, música alta que não deixava ninguém parado. Cada dia trazia uma nova confusão - alguém tropeçava, outra esquecia a bebida, disputas de sombra, brincadeiras que só quem vive Barretos entenderia. Entre um gole e outro, entre risadas e tropeços, o tempo voava, mas ninguém parecia notar: a vida inteira cabia naquela energia sem filtro, sem pausa, sem regras.
E então ele apareceu: o cara do chapéu. Bêbado, cercado de mulheres, caminhonetes barulhentas, com um sorriso que parecia aprontar confusão. Quando os olhares se cruzaram, sem pedir licença, ele tomou posse da sombra do chapéu... e da sombra dela também. Entre tropeços, brincadeiras e bebidas passando de mão em mão, eles descobriram que Barretos não é só rodeio: é palco de encontros inesperados, risadas sem filtro e histórias que ficam pra sempre.
Do camarote à arena, do camping à multidão de estranhos que viram amigos por algumas horas, cada instante era uma aventura. Entre confusões, festas e pequenas aventuras, Carolina e o cara do chapéu aprenderam que, em Barretos, o que importa não é comer ou planejar, mas curtir cada segundo como se fosse o último.