tomateporra
Kim Minjeong sempre foi uma garota quebrada demais para caber no mundo.
Com um histórico de suspensões, brigas violentas e um vício silencioso em autossabotagem, ela cresceu em um lar problematico. Seus pais trabalhavam em um abatedouro industrial, voltando para casa sempre cobertos pelo cansaço, pelo cheiro metálico de sangue e pelo silêncio. Minjeong aprendeu cedo que amor era coisa que se pedia baixinho, ou não se pedia.
Karina, por outro lado, era o retrato da perfeição: bela como um anjo pintado à mão, pura aos olhos da escola, devota às palavras de Deus. Filha única de uma família religiosa, ela caminhava pelos corredores como se nunca tivesse tocado o chão. Era impossível não vê-la e, ainda assim, Minjeong jamais se importou com ela.
Até um dia.