Uma história de amor entre o que foi dito e o que ficou no silêncio. Na estreia de um filme que é memória, Fernanda ressurge como um espelho do passado que Walter tentou editar. Atriz e diretor, amantes e ausentes, eles se encontram sob a luz dura dos holofotes e a sombra do que não viveram. Entre provocações sussurradas e olhares que doem mais que palavras, o reencontro se torna um acerto de contas com o tempo, com a arte, com o desejo. Porque certos amores não acabam - apenas saem de quadro, esperando o próximo capítulo.

Dois corações intensos, duas trajetórias brilhantes. Quando o cinema os uniu num curta, a vida escreveu um enredo maior. Mas será que o amor resiste quando as luzes se apagam?

Eles vão descobrir que nem toda amizade sobrevive intacta quando o coração decide reescrever o roteiro. Porque algumas histórias não se explicam. Algumas precisam ser sentidas. E outras... simplesmente não se escrevem sozinhas.

Em meio às gravações de um filme em solo português, nasce uma história de amor tão intensa quanto inesperada entre Fernanda Torres, atriz jovem e vibrante, e Walter Salles, um diretor visionário e sensível. O que começou como uma conexão sutil nos bastidores de Terra Estrangeira se transforma rapidamente em uma paixão arrebatadora - daquelas que desafiam o tempo, a lógica e até as expectativas familiares.

"Nós nos separamos de comum acordo. O amor tinha se transformado em outra coisa, e a gente escolheu preservar o pouco respeito que ainda conseguia ter naquela época. Foi uma mudança grande, de um tipo de amor que vive, morre e renasce depois de outra maneira. O nosso amor nunca morreu. Com o passar do tempo essa história foi me emocionando mais e mais, eu fui refletindo sobre ela. Tem um pouco de poesia nela e a culpa é dele... mas está ali nossa história, com direito à rede na varanda da casa do Guarujá, que adorávamos." (Fernanda Moreira Salles, numa das colunas lançadas dentro da Piauí, e a primeira em toda a história que ela assinou com o antigo sobrenome de casada) "Quem poderá fazer aquele amor morrer? Se o amor é como um grão: Morre, nasce trigo; Vive, morre pão!" (Drão, Gilberto Gil)

Como o mapa que guarda os caminhos e reencontros, mas também o titã que carrega o mundo, metáfora de um amor que suporta tudo.

O destino une duas almas artísticas, criando uma conexão inevitável e explosiva. Entre provocações, olhares e a linha tênue entre o desejo e o medo, um deles ultrapassa o limite. E quando isso acontece, não há mais volta.

Em 1995, Fernanda Torres é convidada para protagonizar o filme "Terra Estrangeira", dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas. Durante as filmagens em Lisboa, o envolvimento artístico entre Fernanda e Walter se transforma em uma tensão emocional crescente, marcada por olhares furtivos e beijos proibidos. Enquanto a cidade serve de cenário para essa conexão intensa, o retorno ao Brasil promete novos desafios, revelações e escolhas que podem mudar suas vidas. • Essa história é uma fanfic inventada, sem nenhum compromisso com a realidade, usem a imaginação 😉

Eu deixarei que morra em mim O desejo de amar os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar Senão a mágoa de me veres eternamente exausto No entanto a tua presença É qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto Existe o teu gesto e em minha voz a tua voz Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado Quero só que surjas em mim Como a fé nos desesperados Para que eu possa levar Uma gota de orvalho Nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne Como nódoa do passado Eu deixarei Tu irás e encostarás a tua face em outra face Teus dedos enlaçarão outros dedos E tu desabrocharás para a madrugada Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu Porque eu fui o grande íntimo da noite Porque eu encostei minha face na face da noite E ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa Suspensos no espaço E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado Eu ficarei só Como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei como ninguém Porque poderei partir E todas as lamentações do mar Do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente A tua voz ausente A tua voz serenizada Ausência (Vinicius de Moraes)

Walter Salles e Fernanda Torres nunca foram apenas um capítulo qualquer na vida um do outro. O que tiveram foi breve, explosivo, como um fogo que arde rápido demais para se apagar - mas intenso demais para ser esquecido. Por um momento, pareceram invencíveis, inseparáveis, mas a vida, com suas voltas e escolhas inevitáveis, os afastou. Anos se passaram, e mesmo com caminhos distintos, o destino parecia brincar com eles, trazendo-os de volta, de um jeito ou de outro. Um encontro aqui, um olhar roubado ali, como se um fio invisível os puxasse e os repelisse, num ritmo confuso e doloroso, marcado por um karma que teimava em não se desfazer. Mas o tempo não cura tudo - às vezes, ele apenas adia o que precisa ser enfrentado. E então, quando menos esperavam, a vida lhes ofereceu uma nova chance. Uma chance de olhar para tudo que ficou no passado, de encarar os sentimentos guardados, as dúvidas, as feridas. Walter e Fernanda sabem que agora não há espaço para hesitar. É a hora de decidir: dar um passo para perto, reviver o que nunca teve um final, ou dar um passo para longe e enterrar de vez o que ainda arde dentro deles. Porque algumas histórias não se acabam, elas apenas esperam o momento certo para renascer.