Xlizzen
Aelyrwen Lúmora nunca ambicionou o poder. Criada nos jardins secretos da Corte Estival, seus dias eram dedicados aos cuidados com a flora mágica e às histórias sussurradas das Eras Antigas. Seu único legado era uma luz suave e curativa que fazia as flores desabrocharem - ou assim ela acreditava.
Tudo muda quando um feérico é encontrado morto nas margens do Mar Luzente, um pergaminho ancestral grudado em seus dedos frios. Um pergaminho que nenhum estudioso, nenhum sábio, consegue ler.
Apenas Aelyrwen.
As runas dançam diante de seus olhos, revelando uma verdade aterradora: falam da Aurora Primeva, uma força primordial que surgiu antes de Hybern, antes dos Caídos, antes do próprio Caldeirão. Uma magia capaz de reacender a criação... ou reduzi-la a pó.
E, por motivos que ignora, essa força ancestral reconhece Aelyrwen.
Para protegê-la Tarquin a coloca sob a guarda de um emissário recém-chegado da Corte Noturna.
A própria essência da noite. Um guerreiro Illyrian de asas imponentes e sombras vivas que sussurram em seu comando. Seu olhar, repleto das estrelas de seu povo, parece ver além da máscara de Aelyrwen, além da jardineira, além da cortesia - até a luz tempestuosa que ela luta para conter.
Enquanto uma conspiração sombria se fecha sobre a corte, Aelyrwen descobre que a luz que sempre habitou em seu peito não é um mero dom.
É uma chave.
E chaves não apenas abrem portas para segredos enterrados...
... mas também libertam os monstros que aguardam do outro lado.