Ela escreve o que todo mundo sente e ninguém admite. Ele é o nome que lota show... e guarda um diário com senha. Sete dias num estúdio do Rio viram mais que música: viram fresta. Sem beijar, sem pressa - só tensão que incendeia devagar. Na tour, a cidade entra, a plateia grita, mas é no silêncio que eles dizem tudo. ABRIGO é o romance que não se explica no feed: atenção primeiro, corpo depois. E no fim de cada capítulo, o Anticorpos entrega o que ele não mostra pra ninguém.

Eu achei que seria só mais uma gravação. Mais uma noite fingindo encontrar fantasmas pra ganhar views, mais uma encenação pra tentar ajudar minha irmã e manter a casa de pé. Eu nunca pensei que seria real. A gente entrou naquela pizzaria velha - eu, Pedro, Mike, Sabrina e Bruna - rindo, zoando, como sempre. Falando besteira, planejando sustos, contando histórias que a gente mesmo não acreditava. Mas alguma coisa lá dentro acreditou na gente. Os corredores mudaram. As paredes começaram a falar. E os olhos dos animatrônicos... eles não estavam tão mortos quanto a gente achava. Agora eu daria tudo pra voltar no tempo. Pra nunca ter entrado naquele túnel. Pra nunca ter ouvido aquela música tocando na escuridão. Essa é a história da nossa última noite juntos. Uma noite que começou como uma brincadeira. E que terminou... diferente. Muito diferente.