Esse livro tem um bocado de palavras que juntas, muitas vezes, assemelham-se a poemas. Talvez sejam. A maioria, senão todos, têm algo em comum: o momento de criação. Aquela hora que é muito tarde para ainda ser considerada noite, e, no entanto, muito cedo para ser considerado dia. A madrugada. Um substantivo de nome singular, que me traz sensações esquisitas sempre que chega. Um comichão na ponta dos dedos; uma, duas ou três batidas mais rápidas do coração; e uma agitação indizível do lado esquerdo do meu cérebro.

Liz teve de tomar uma decisão drástica e dramática em sua vida para escapar de um futuro imposto pelo pai: fugir para o Brasil. Filha de um duque, criado na nata da sociedade europeia e com sangue nobre, Elizabeth acaba em uma cidade do interior vivendo desafios que nunca antes chegou a cogitar. Porém tudo parecia valer a pena se não tivesse de se casar apenas para satisfazer os negócios do pai. O que ela não esperava era que fosse encontrar com Victoria, uma brasileira divertida e carinhosa que aceitou dividir seu apartamento. Mais do que um futuro incerto e cheios de surpresas, Liz acaba deparando-se com algo ainda mais inesperado.