"Há quem use maquiagem para esconder seus mistérios. Nós a usamos para revelá-los." Desejo, transformista lendária e fundadora da casa noturna Rainha da Lapa, é assassinada em seu camarim com um tiro na cabeça usando seu melhor vestido e joias de gala. Um sorriso misterioso estampava os lábios pintados de vermelho do cadáver e não havia sinal de arrombamento, luta ou roubo na cena do crime. Suas três "filhas" drag queens Ada Hominem, Candy Crush e a caçula Zara Riachuello, diante da indiferença dos investigadores e da dor da perda decidem por conta própria reconstruir a vida de sua mentora em busca de respostas, e no processo entrarão em uma jornada de auto descobrimento sobre seus motivos. Unhas postiças manchadas de sangue é, como o nome sugere, uma estória crua, sangrenta, sem personagens maniqueístas e sem promessas de finais felizes. Aqui, o lado sórdido do submundo gay é dissecado através de personagens que no ato de se montar revelam o seu âmago.

Sente-se confortavelmente e não esqueça de olhar para todos os lados a cada parágrafo, pois o terror de verdade acaba de ser revelado a você.

Como se já não fosse ruim o bastante ser aluna nova, Amélia estava entrando num colégio novo para cursar seu último ano do Ensino Médio. Nem um pouco animada com a situação, começou a mudar de ideia quando conheceu seu novo colega de classe, um colega que mais parecia um deus grego.