"Era Narciso falando por mim nesse jogo de ego comigo mesma. Ele me queria tanto, era como se eu fosse algo que pudesse escapar, ele me almejava mesmo eu já estando lá e sentir isso era bom, aquele barato momentâneo como se tudo aquilo valesse de alguma coisa..." Esse é o primeiro conto da série "Homens embotam mulheres brilhantes" sobre relacionamentos da escritora Helena Herrera. Em "O caso de Narciso", Herrera relata um relacionamento breve que manteve com um mineiro estudante de medicina no início do ano. Jovem, entregou-se a imprudência de desejos cegos, em busca de novos prazeres e emoções que a fizesse sentir viva. No entanto, a busca revelou-se sombria, ao invés de ser saciada ao encontrar o que procurava, Herrera foi esvaziada, como se seu parceiro temporário tivesse sugado tudo o que havia de atraente dentro dela. Ser mulher no século XXI e sentir-se constantemente como um pedaço de carne, lidar com homens que só desejam arrancar um pouco de seu brilho, não é uma realidade singular e atípica que se restringe apenas às experiências de Helena Herrera. Muitas mulheres passam por situações constrangedoras e até mesmo obscuras com parceiros masculinos, Herrera não foi uma exceção e por isso ela decidiu se abrir e compartilhar suas experiências.

Aria Luisa Parker é uma psicóloga recém-formada e após se mudar do Texas para deixar seus próprios demônios no passado, encontra esperança de um recomeço em uma vaga no Instituto Psiquiátrico de Seattle. Jeffrey Woods, o homem que carrega no rosto um eterno sorriso talhado em carne. O maníaco de Seattle. Aquele que os cidadãos temem quando a noite recai pelo céu. Ela precisava de alguém como ele. Ele, estava esperando por ela. "Em todo homem, é claro, habita um demônio oculto: o demônio da cólera, o demônio do prazer voluptuoso frente aos gritos da vítima torturada, o demônio da luxúria sem peias". -Dostoievski, em Os Irmãos Karamazov. Capa por: @crueger