CizarCapri
O cristianismo foi criado para escravizar pessoas.
Venci a ignorância ao vencer as religiões.
Muitos morrerão sem realizar seus sonhos,
mas eu não aceito esse destino.
O mesmo fim daqueles que plantam flores no deserto e acreditam haver apenas um único caminho: o sofrimento.
Precisei aceitar a dualidade, exterminando o monoteísmo de minha vida e respeitando a pluralidade de caminhos. Não existe um único Deus.
O peso da ingratidão
é a criança interior violentada pela intolerância.
Não podemos viver presos às expectativas alheias.
A criança interior de um adulto também pode ser abusada
e precisa de proteção.
Eu fui expulso do meu paraíso, do meu lar...
Hoje já não ofereço minha face ao golpe; eu desvio, e, se não houver como desviar, revido.
Por isso, eu plantava flores no deserto, mas hoje já não mais. Precisava dar um basta à falta de respeito e à mesquinharia de seres com pouca capacidade de compreensão. Por esta razão, fechei meu corpo e travei uma batalha.
Não seria audácia minha e prepotência querer descaracterizar
o que sempre foi do jeito que é?
Plantar flores no deserto é como dar murros em ponta de faca; saímos feridos daquilo que nasceu da nossa vontade mais pura.
Nem sempre o outro lado pediu ou sequer desejou o nosso afeto.
Talvez, então, a frustração exista apenas dentro de nós mesmos.
Eu tive que aceitar este fado...
Foi assim que fiz uma verdadeira revolução dentro de mim mesmo, pelos lugares onde passei, incitando discussões e desafios; fui chamado de antagonista e até visto como maléfico ou adversário.
E eu vos contarei como conquistei esta façanha:
a audaciosa revolução de transformar-me,
de romper de vez com os ciclos que me prendiam,
de encerrar para sempre as repetições do meu próprio padrão.
Estar no lugar certo, na hora certa, é essencial.
E FOI ASSIM, QUE PASSANDO POR MUITOS LUGARES, EU CONQUISTEI MEU PRÓPRIO PARAÍSO, MEU INTOCÁVEL TEMPLO DA ALMA.