Objetos também tem sentimento.

Um silêncio ensurdecedor habitava a sala de jantar da casa de meus pais. O barulho proveniente dos ponteiros do relógio mais me parecia à contagem regressiva de uma bomba prestes a explodir. Havia dez pessoas sentadas à mesa, uma ceia belíssima de ano novo aguardava pelo momento em que seria devorada, ou não. Ninguém aparentava ter coragem suficiente para iniciar uma conversa, talvez porque abrir a boca significasse correr o risco de perder a vida. Estávamos todos brincando inconscientemente de Roleta Russa. Cada um de nós tinha uma arma apontada para a cabeça de alguém, e consequentemente tínhamos uma arma apontando para a nossa. O que estava havendo? Apenas uma ceia de ano novo em família, mas é claro que não era apenas isso. Nos últimos oito dias, convivemos juntos nessa casa depois de anos sem nos ver por mais que algumas horas, e com isso, esbarramos em segredos e mentiras capazes de destruir toda e qualquer relação familiar existente entre cada um de nós. Talvez o mais engraçado seja que nada disso estaria acontecendo se meus planos para as festas de fim de ano não tivessem mudado radicalmente de uma hora para a outra. Dizem que família que luta unida permanece unida, mas e a que mente unida? Todos os direitos reservados, plágio é crime!

(Esse livro é uma continuação de Alcateia) Quando se perde um grande amor, inicia-se um processo de luto. Cores vibrantes são postas de lado, enquanto a monocromática realidade paira como um buraco negro. As memórias passam a ser armas letais, mas, que por algum motivo continuam a nossa disposição. Como um gatilho para as emoções mais traiçoeiras. Por fim, todas as possibilidades se reduzem a nada. É nesse cenário nada convidativo, que Kahlil decide atravessar o deserto dos seus sentimentos em busca de respostas. Essa jornada, sem promessas e sem volta, lhe reserva um universo de surpresas. No entanto, danos irreparáveis exigem medidas inconsequentes. Renascendo das chamas que um dia lhe cremaram, Kahlil está determinada a mudar o próprio destino, isolando-se não do mundo, mas em si mesma.

Eduarda e Clarice. O romance que ganhou muitos corações vai ganhar uma continuação. Nossas meninas já são mães, tem uma vida estável e a família que pediu à Deus. Eduarda ainda é a mesma maluquinha capaz de dar a vida por sua amada. Clarice ainda é aquela romântica incurável que vive pela esposa. Para ficar melhor, agora elas tem o Lucas e a Lara. Que enchem suas vidas de alegrias.