''Não salve-os. Eles não sabem que nós existimos. E se não existimos, como iriamos salvá-los?'' É o que minha mãe me diz toda vez que vejo um humano se afogando. A maioria dos sereianos não sente pena deles, muito menos vontade de ajudá-los. Alguns de nós até gostamos de vê-los morrendo. A água enchendo seus pulmões, e os matando. Mas eu não sou assim. Já vi humanos fazendo coisas boas, e não guardo tanto ódio por eles, como os outros. Senti vontade de salvá-los. Meus músculos inteiros se contraem, eu quero salvá-los. Me agonizo junto com eles, vendo-os mexerem os braços e pernas, como se pudessem escapar. Mas não posso ajudá-los. Até um dia. Eu vi uma humana, mas ela não fazia como os outros, ela não mexia o corpo, não clamava por ajuda. Parecia até que já estava morta. Será que ela quis assim? Eu não conseguia entender. Tive que salvá-la.

A escola estava ali desde muitos anos atrás. Ninguém sabe ao certo o que antes existia em seu lugar. Há quem acredite que era apenas uma estrada de terra, há quem acredite que era uma simples casa abandonada, e há os que acreditem que ali era um cemitério. Com as paredes descascadas e amareladas, as vidraças estilhaçadas, as árvores que lançavam sombras de enforcados nas paredes, como não pensar que a escola era assombrada? E as portas que batiam violentamente durante as aulas, as cadeiras que se mexiam rapidamente do lado dos alunos, os sons de passos e sussurros, o que dizer sobre isso? Um incêndio mal contado, adoção inesperada e histórias de horror começam a vir à tona na vida de Sam. Você tem coragem de saber se é capaz de aguentar mais? •• Obra registrada na Biblioteca Nacional (RJ). Todos os personagens desta história são de minha propriedade intelectual. Plágio é crime! Protegida pela lei 9.610/98

Em uma manhã de domingo, desci as escadas e fui atender a porta.Dois caras,que pareciam ser investigadores,estavam do lado de fora. -Olá, senhorita.,somos agentes do FBI. Precisamos te fazer algumas perguntas. (S/N): seu nome