Quinn estava a caminho. Ela prometeu que ia estar aqui, ela não vai quebrar a sua palavra. Ela me prometeu, ela vai chegar...

Rachel Berry não sabia muito bem quando aquilo acontecera. Só sabia que a Quinn Fabray que retornara ao McKinley depois do fiasco das Nacionais não era a mesma que estivera em Nova York. A começar pelo cabelo e terminar pela atitude. Rachel estava perdida em um mar de angústia devido ao seu relacionamento com Finn, a rotina e os seus sonhos destruíam qualquer relação que pudesse ter com o quaterback no momento. Rachel só queria que aquele último ano fosse especial e surpreendeu-se ao notar que na verdade, tinha alguém que a tornaria especial.

Eu estava sozinha, fracassada e machucada demais pelo fim do namoro com Sam porque no fim das contas, eu ainda gostava dele. Eu queria ser mais e na minha cabeça, ser mais era o mesmo do que ser a Promo Queen. E para alcançar aquilo, eu precisava que Finn Hudson (que continuava apaixonado pela Manhands) ficasse vidrado em mim, vidrado o bastante para que eu pudesse usá-lo. E precisava que Rachel Berry confiasse em mim... Isso era fácil, eu podia manipulá-la. Mantenha seus inimigos perto e era isso que eu queria fazer. Mas, o mais difícil foi perceber o que eu tinha dentro de mim, aquilo que só veio à tona quando eu abaixei a guarda. Aquele amor que tantas vezes eu disfarçava com humilhações era tão palpável quanto meu falso orgulho...

E mais uma vez, todos a culpavam. Sempre era assim, no fim das contas. Sempre que alguma coisa dava errado, era culpa dela. Mas, quando era ela que simplesmente arrasava nas apresentações e evitava que nós nos transformássemos em um verdadeiro fiasco, Mr. Schue e os demais só concordavam que o trabalho era do grupo quando todos sabiam que não seríamos nada sem ela. Afinal, ela tinha culpa se o novo namorado de Mercedes era um troglodita? Ela tinha culpa se sua dedicação sempre culminava na sua escolha para os solos? Ela tinha culpa por se esforçar o bastante para ser uma estrela? E principalmente: ela tinha culpa por ser tão... PERFEITA?