Concordância dos Evangelhos
jacksonshs
1.Nesta harmonia, não há mutilações de nenhum dos 4 Evangelhos.
2.Conforme a necessidade, comparámos as perícopes, texto a texto, frase a frase, expressão a expressão e palavra a palavra.
3.Seguimos a ordem cronológica, quando é possível ter referências cronológicas concretas, o que raramente acontece.
4.Partimos do princípio de que certas referências temporais presentes nos Evangelhos («então», «em seguida», «depois», «naqueles dias», «naquele tempo», «naquele dia», etc.) têm pouca relação temporal ou mesmo nenhuma com os acontecimentos que lhes deram origem. (Um exemplo flagrante: Lc 24, referindo-se ao que aconteceu ao longo de 40 dias, narra-o como se tudo tivesse acontecido no mesmo dia!)
5.Como não temos possibilidade de conhecer a ordem cronológica exata dos acontecimentos evangélicos, qualquer ordem que para eles adotemos será, forçosamente, convencional. Assim, seguimos, sempre que possível, a ordem presente na maioria dos Evangelhos, em detrimento da minoria.
6.Quando não é possível desempatar pela maioria nem por nenhum critério objetivo, optámos por apresentar as perícopes nos vários momentos em que são encontradas nos Evangelhos.
7.Não vemos nenhum motivo para considerar que a ordem seguida por Lucas seja melhor que a de Marcos e a de João, apesar do que afirma no Prólogo (Lc 1,3-4). (Por exemplo, em Lc 3, 19-22, a prisão de João Batista está antes do batismo de Jesus, o que é um estranho anacronismo!) Por sua vez, o Evangelho de Mateus, pela sua própria estrutura, segue, visivelmente, uma ordem temática, o que significa que não tem a preocupação de seguir uma ordem cronológica.
8.Por falta de critérios objetivos em contrário, quando um discurso de Jesus se encontra em momentos diferentes, conforme a ordem seguida por cada um dos Evangelhos, transcrevemo-lo nesses vários momentos. O mais lógico é aceitar que Jesus repetiu muitos dos seus discursos e partes deles em momentos diferente